15 jun, 2019 - 11:31 • Filomena Barros, com Rui Barros
A Frente de Sindicatos da Administração Pública (FESAP) espera que a promessa de mais contratações na função pública feita por António Costa este sábado não seja apenas uma promessa eleitoralista.
“É fundamental que os partidos políticos todos, nomeadamente o que está no Governo, tenham em consideração as necessidades de aumento de investimento na administração pública”, diz João Abraão, dirigente da FESAP à Renascença.
Questionado sobre a promessa feita este sábado em entrevista ao semanário “Expresso” de mais contratações e aumentos na Função Pública até 2020, Abraão começa por dizer que “é melhor fazer do que efetivamente prometer” e recorda ao primeiro-ministro e líder dos socialistas que “há questões que não podem ser adiadas”.
“Para 2020 é bom que assim seja, mas já ontem era tarde”, comenta o sindicalista, que recorda as notícias que têm vindo a público sobre a degradação dos serviços públicos.
“Basta olhar, por exemplo, quanto tempo demora a atribuir uma pensão, basta ver quanto tempo demora para tirar um simples bilhete de identidade, que antes era tirado em dois/três dias, basta perceber o que é a falta de pessoal na área da saúde, nas escolas, para perceber que não se pode adiar mais e não podemos andar mais no jogo da política, no jogo das promessas”, diz o dirigente da FESAP à Renascença.
“É uma necessidade que não é mais adiável”, reforça.
José Abraão lembra ainda que os sindicatos da administração pública devem ser ouvidos sobre estas matérias de salários e contratações. “É obrigatório que assim seja”, diz.