Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

​Rui Rio defende que Governo teve coragem na compra do SIRESP

18 jun, 2019 - 15:01 • Lusa

O líder social-democrata diz que não pode criticar a decisão do executivo, sendo agora "mais fácil dizer que, se o SIRESP não funcionar, a responsabilidade é do Governo".

A+ / A-

O presidente do PSD, Rui Rio, defendeu esta terça-feira, em Castanheira de Pera, que o Governo teve coragem ao comprar a parte dos operadores privados do Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança (SIRESP).

"O SIRESP não funcionou, funcionou mal, e o que o Governo entendeu foi assumir ele a responsabilidade de gestão, ficando com 100% do capital. Vamos ver, no futuro, se teve uma boa decisão ou uma má decisão, mas teve, necessariamente, uma decisão arrojada em que assume a responsabilidade" pelo funcionamento deste sistema, disse Rui Rio, que falava aos jornalistas após uma reunião de trabalho na Câmara Municipal de Castanheira de Pera, um dos municípios mais afetados pelo grande incêndio de junho de 2017.

O líder social-democrata referiu que não pode criticar a decisão do executivo liderado por António Costa, sendo agora "mais fácil dizer que, se o SIRESP não funcionar, a responsabilidade é do Governo".

"Nesse sentido, tem coragem e espero que as coisas funcionem", acrescentou.

Questionado pelos jornalistas sobre a possibilidade de consenso entre PSD e PS relativamente ao diploma que pretende expandir o projeto-piloto do cadastro simplificado ao resto do país, Rui Rio referiu que a postura do PSD é "uma postura de colaboração e não uma postura de combate político".

"Acima de tudo, temos que olhar para o interesse público", disse Rui Rio, sem esclarecer se já há um consenso nesta matéria.

Sobre o território afetado pelo grande incêndio de junho de 2017, o presidente do PSD referiu que é necessário avançar-se com medidas "que possam contrariar o excesso de concentração [demográfica] no litoral", seja através da atração de investimento, seja através da desconcentração de serviços públicos que poderiam ser colocados no interior do país.

"Tem de haver medidas discriminatórias para o interior e que também passam pela coragem, por um lado, da descentralização, e, por outro, pela desconcentração", vincou.

Questionado sobre se as medidas implementadas pelo memorando da 'troika' contribuíram para a desertificação do interior, Rui Rio concordou, salientando, porém, que o memorando, apesar de aplicado por um Governo PSD/CDS, foi assinado por um Governo PS.

"É lógico que, se tirarmos esses serviços públicos, dificultamos ainda mais o enraizamento das pessoas nesses locais", notou, considerando que é necessário "reverter aquilo que é possível reverter", apesar da base fundamental ser a criação de emprego.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • Cidadao
    18 jun, 2019 Lisboa 16:00
    E quanto ao programa alternativo de governo? Está alguma coisa credível em preparação, ou vai aparecer nas vésperas das Eleições, um papelucho com umas 50 medidas avulsas que não passam de intenções, ao estilo da Reforma do Estado do Paulo Portas?

Destaques V+