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PS garante que não vai adormecer à sombra dos resultados

20 jul, 2019 - 12:42 • Susana Madureira Martins, com Rui Barros

O secretário de Estado dos assuntos parlamentares abriu a convenção do PS a defender o legado do partido, mas a deixou um aviso: "em momento algum podemos ignorar os problemas reais e concretos que os portugueses enfrentam na sua relação e acesso aos serviços públicos".

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Duarte Cordeiro, secretário de Estado dos assuntos parlamentares, abriu a convenção nacional do Partido Socialita defendendo a necessidade do partido não “ignorar os problemas reais e concretos” dos portugueses apesar dos bons resultados.

O militante socialista falava esta manhã no Pavilhão Carlos Lopes, em Lisboa, no evento que marca o lançamento do programa eleitoral com que os socialistas se apresentam em campanha. Durante o discurso, o Duarte Cordeiro defendeu o legado do partido nos últimos anos, mas deixou um alerta.

“Afirmar os resultados obtidos nestes quatro anos não nos pode, em momento algum, permitir ignorar os problemas reais e concretos que todos os dias os portugueses enfrentam na sua relação e acesso aos serviços públicos ou em qualquer outro domínio da sua vida. Muito menos nos deve ou pode fazer desvalorizar a dimensão e complexidade dos desafios que temos pela frente”, defendeu Duarte Cordeiro, perante os militantes socialistas.

Durante Cordeiro defende, no entanto, que hoje “o Partido Socialista apresenta-se perante os portugueses de cabeça levantada”. “Podemos olhar os portugueses olhos nos olhos e dizer: cumprimos”, disse o socialista , argumentando que o PS alcançou os três grandes desígnios a que se tinha proposto: mais crescimento, melhor emprego, mais igualdade.

De acordo com o secretário de Estado, os números da economia revelam o cumprimento desses três objetivos. “Cumprimos no crescimento: Portugal cresceu 9% nos últimos quatro anos. Nos últimos três anos tivemos um crescimento superior à média da União Europeia. Cumprimos no emprego: foram criados mais de 350 mil postos de trabalho em simultâneo com o aumento do rendimento médio dos trabalhadores (a crescer 9%) e o salário mínimo em quase 20%”, disse.

Terminado o discurso de Duarte Cordeiro, foi a vez de Marcos Sá, diretor do gabinete de estudos da federação do PS de Lisboa a defender que Portugal precisa de um Estado mais forte. E que isso só é possível com a atração de pessoas qualificadas para o setor do Estado.

“Uma das reformas terá de ser a do fortalecimento do Estado. Para garantia do futuro coletivo das próximas gerações. E quando falo do fortalecimento do Estado, não estou a falar de mais Estado. Aquilo que estou a falar é de um Estado forte, com enormes competências, com pessoas altamente qualificadas para fazerem a defesa intransigente do interesse público”, disse.

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