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Rui Rio. Greve às horas extra vai permitir perceber "melhor" as condições de trabalho dos motoristas

22 ago, 2019 - 13:30 • Redação com Lusa

“Se os profissionais trabalham oito horas por dia, não vão para os serviços mínimos, estão no máximo”, afirma o líder social-democrata.

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O presidente do PSD, Rui Rio, considera que o país vai perceber "ainda melhor" em que condições os motoristas de matérias perigosas trabalham através da nova greve, agendada para setembro.

"Porque estes profissionais vão trabalhar oito horas por dia e estão parcialmente em greve, estão em greve às horas extraordinárias", referiu o social-democrata à margem da entrega da lista às eleições legislativas pelo círculo eleitoral do Porto.

Se todos os profissionais trabalham oito horas por dia e o serviço não é feito na plenitude, o país percebe que estes trabalham em média 10,11,12,13 a 14 horas por dia, algo que é "inaceitável", vincou.

"E ainda é menos aceitável para quem anda na estrada a conduzir, menos ainda para quem conduz carros pesados e menos ainda para quem conduz carros pesados carregados de gasolina", destacou ainda.

Na sua opinião, vai ficar evidente que em nome da sua segurança e da dos cidadãos as suas condições de trabalho têm de mudar.

Sobre os serviços mínimos, o social-democrata considerou que "alguma coisa está mal" quando os profissionais trabalham oito horas diárias e, mesmo assim, é preciso decretar serviços mínimos.

"Se trabalham as horas normais, qual é a lógica de marcar serviços mínimos?", questionou, acrescentando que se oito horas por dia não chegam para eles cumprirem os seus serviços algo “não está bem”.

Governo merece dedo apontado

Questionado sobre se o Governo falhou como mediador, Rio assumiu que quando alguém vai mediar uma situação "nunca é fácil e pode falhar", mas neste caso o executivo de António Costa "merece que lhe apontem o dedo e se diga que falhou" porque em abril, aquando de uma reunião com entidades patronais e sindicatos, anunciou "grande vitória" e a resolução do problema.

Ora, sublinhou, se falou em "grande vitória" e, na verdade, nada resolveu, tem de assumir agora uma "grande derrota".

O Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) anunciou na quarta-feira ter entregado um novo pré-aviso de greve para o período compreendido entre os dias 7 e 22 de setembro, mas desta vez só aos fins de semana e trabalho extraordinário.

O sindicato dos motoristas de matérias perigosas e os patrões reúnem-se na segunda-feira para discutir os serviços mínimos na greve ao trabalho extraordinário, confirmou à Lusa fonte oficial do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.

A reunião entre o SNMMP e a Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (Antram) vai decorrer pelas 15:00 na Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT), confirmou a mesma fonte.

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  • José Joaquim Cruz Pinto
    22 ago, 2019 Ílhavo 15:06
    Correcção: É o desespero e desvario total. Agora (e muito tarde), lembrou-se da palhaçada de querer ser visto como o grande defensor dos motoristas, como há tempos quis aparecer como um dos grandes defensores dos professores. Conseguem imaginar algo mais ridículo? Durante anos, ele e os comparsas nada souberam nem fizeram pela observância das leis que regulam o trabalho (se e onde elas fossem violadas) e como ele é pago - nem eles, nem aliás quaisquer outros -, mas agora (depois de ter estado calado quando o País inteiro foi feito refém), fala todos os dias para fingir que chora no ombro dos (ex-)grevistas. Não passa de um mendigo de votos de motoristas, mas estes vão mais provavelmente votar no "PDP" (Partido do Pardal), que é o deles, e quando muito uns poucos naquele cujo chefe ainda se deu ao trabalho de ir a Aveiras de Cima ("... sòmente ...") ouvir o Pardal.
  • José Joaquim Cruz Pinto
    22 ago, 2019 Ílhavo 15:02
    É o desespero e desvario total. Agora (e muito tarde), lembrou-se da palhaçada de querer ser visto como o grande defensor dos motoristas, como há tempos quis aparecer como um dos grandes defensores dos professores. Conseguem imaginar algo mais ridículo? Durante anos, ele e os comparsas nada souberam nem fizeram pela observância das leis que regulam o trabalho (se e onde elas fossem violadas) e como ele é pago - nem eles, nem aliás quaisquer outros -, mas agora (depois de ter estado calado quando o País inteiro foi feito refém), fala todos os dias para fingir qchorar no ombro dos (ex-)grevistas. Não passa de um mendigo de votos de motoristas, mas estes vão mais provavelmente votar no "PDP" (Partido do Pardal), que é o deles, e quando muito uns poucos naquele cujo chefe se deu ao trabalho de ir a Aveiras de Cima ("sòmente") ouvir o Pardal.

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