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Regionalização é aprovada pelo país e rejeitada por Lisboa

07 set, 2019 - 11:01 • Redação

Sondagem da Pitagórica dá 51% ao "sim" e 39% ao "não". Na capital, números são quase inversos.

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Uma sondagem da Pitagórica atribui a vitória ao “sim” num eventual referendo sobre a regionalização: 51% a favor e 39% contra.

A vantagem de 12 pontos percentuais tem por base a aprovação em quatro das cinco regiões administrativas previstas para Portugal - apenas em Lisboa o “não” tem vantagem: 48% estão contra e 40% a favor.

A razão para este resultado pode cruzar-se com os resultados obtidos numa segunda pergunta feita no inquérito publicado na edição deste sábado do "Jornal de Notícias" - enquanto quase dois terços dos portugueses acha que há uma concentração de poderes em Lisboa, na próprio capital as opiniões quase que se dividem: 49% concordam que há um excesso e 46% julgam que essa divergência não é grave ou não existe.

Regressando aos resultados por regiões, são o Norte (54% a favor e 37% contra) e o Algarve (55% a favor e 35% contra) a mostrarem-se mais entusiastas com a hipótese de instituição de regiões administrativas em Portugal. Globalmente, um terço dos portugueses quer que seja realizado um referendo até 2020.

O estudo recolheu ainda a opinião sobre como deve ser escolhido um futuro chefe do Governo regional (77% dizem que deve ser eleito diretamente pelo povo) e aponta que transportes públicos, turismo, habitação, agricultura e ambiente deveriam ser competências prioritárias.

Relativamente aos votos por partido, são os eleitores do Bloco de Esquerda (57% a favor e 36% contra) e os do PS (54% a favor e 35% contra) que se mostram mais entusiastas. Os de PSD e CDS - apresentados aqui em bloco - dividem-se (48% a favor e 45% contra) e os da CDU opõem-se (39% dizem “sim” e 45% “não”).

A sondagem da Pitagórica foi realizada com recurso a 1.525 entrevistas telefónicas, realizadas entre 12 e 24 de agosto, de forma a que houvesse um mínimo de 300 respostas para cada região.

Comentários
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  • Francisco Gil Silva
    20 abr, 2022 Porto 19:35
    Quando se constata, por exemplo, que o orçamento da Câmara Municipal de Lisboa é 4 vezes o montante do da Câmaro do Porto (imaginem para os outros municípios!), quando em termo populacionais Lisboa terá pouco mais do que o dobro da população portuense, facilmente se compreenderá que para "os da capital" isso de regionalização é um péssimo negócio.
  • Anti-taxista
    07 dez, 2019 Portugal 11:08
    Acho que quem recusa é a população: é que os únicos que eu vejo a defenderem a regionalização são autarcas prestes a perderem o poiso, uns pela Lei dos 3 mandatos, outros por estarem em risco de perderem eleições. Um parlamento regional composto por ex-autarcas era uma bela continuação do "tacho" ...
  • Manuel Jorge Fernandes
    08 set, 2019 19:28
    Lisboa tem medo de quê?Que lhe tirem poder?Recordam-se do "filme" que foi quando o governo quis transferir o Infarmed para o Porto?Quase que havia uma revolução. Este país é demasiado centralista. Lisboa só tem serviços.Para que o adágio popular não tenha sustentação - no Porto trabalha-se, em Coimbra estuda-se e em Lisboa gasta-se - venha a regionalização!!! Não é por acaso que é só Lisboa que recusa.......
  • ze
    08 set, 2019 aldeia 10:32
    "Penso" que a regionalização será e terá efeitos negativos no nosso país,servirá sem dúvida para criar mais tachos para esta camada de politicos mediocres,Portugal precisa é de governantes e não de politicos com interesses instalados.
  • Professor
    07 set, 2019 5 de Out 13:57
    Os taxistas não largam o osso: estão mesmo decididos a criar uma data de empregos para políticos e Jotinhas saídos das Juventudes partidárias e que precisam de poiso para depois fazerem os sindicatos de votos num cacique, como de costume. E não param, mesmo que para isso tenham de retalhar um País de 90000 Km2, insignificante em tamanho e que mais insignificante virá a ser. Ah, é para parar a desertificação do Interior e promover o desenvolvimento sustentado ... deve ser, deve. E por exemplo o Porto, que no mapa vai superintender em Trás-os-Montes, vai mandar reabrir as Escolas, os Centros de Saúde, as agências da CGD, os Correios e todos os serviços públicos que "o Centralismo" de Lisboa, fechou? Mas alguém com 2 dedos de testa, acredita nisto? Ou sequer acredita que o Litoral e as regiões mais ricas, se apressam a abrir mão dos seus recursos para enviar tudo para as regiões mais pobres? Vocês vivem mesmo em Portugal? Isto não passa duma farsa, como muitas outras, apenas para dar emprego a políticos e cobrar mais impostos. Se queriam mesmo ajudar o Interior e tornar o País coeso, nem fechavam os serviços, nem acabavam com os distritos, muito pelo contrário: transferiam para eles, os meios necessários e as capacidades de decisão. Já existiam estruturas e que conheciam o terreno como ninguém. Deram cabo delas para meter este estropício da "Regionalização". Descentralização sim. Regionalização? Os políticos que arranjem outra profissão.
  • Cidadao
    07 set, 2019 Lisboa 13:30
    Sondagens "inclinadas" nas amostragens, dão o resultado que se quer. E vinda de onde vem ... Sempre pergunto, que benefícios tira Trás-os-Montes duma "região" com sede no Porto... Estou mesmo a ver as regiões mais ricas e com mais recursos, a enviarem alegre e maciçamente esses recursos para o Interior onde as necessidades são enormes e pouco ou nada há. Sem contar com as Despesas de parlamentos regionais, orgãos de governo regionais, staffs de apoio regionais, que obviamente implicam impostos regionais a juntar aos Nacionais. Um maná para os jotinhas das Juventudes Partidárias. Para as populações que viram fechar Tribunais, Correios, Escolas, Centros de Saúde, Serviços Públicos, nem por isso. Querem fazer alguma coisa pelo Interior? Comecem por repor os Distritos, com meios e autoridade para decidirem sobre a área que governem. Descentralizem decisões, acompanhadas de meios. Não criem apenas mais tachos para políticos.

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