15 set, 2019 - 13:47 • Olímpia Mairos , enviada da Renascença à Madeira
No Mercado do Estreito de Câmara de Lobos, André Silva, o líder do PAN, acompanha o cabeça de lista do partido à eleições regionais, distribui panfletos e apela ao voto.
“Bom dia. Posso-lhe entregar um panfleto do PAN? Já conhece o partido? E o que acha do nosso trabalho?”, pergunta André Silva a uma vendedora do mercado, que opta por não responder.
Maria acabaria por dizer depois à Renascença que não gosta de se meter “em coisas da política” e que já sabe em quem vai votar.
O líder do PAN não esmorece no contacto com outros vendedores e, mesmo se muitos não estão interessados em conversar, afirma que, “acima de tudo, o importante é que as pessoas decidam o seu sentido de voto e possam exercer o seu direito de cidadania daqui a uma semana”.
André Silva considera, no entanto, que “a Madeira precisa de uma mudança e é o apelo que estamos a fazer”.
“E o voto útil faz-se em partidos como o PAN, porque não basta mudarmos de um partido para outro partido”, afirma André Silva, manifestando-se disponível “para contribuir para terminar o ciclo que existe de várias décadas e que tem asfixiado algumas matérias e algumas políticas”.
“Estamos disponíveis para apoiar uma outra possibilidade que seja alternativa”, diz o líder do PAN.
No arquipélago da Madeira o líder do PAN defende é preciso “direcionar meios, fundos, fazer investimento público em serviços essenciais de qualidade e, nomeadamente, na agricultura, para transitar de uma agricultura menos impactante e menos intensiva para uma agricultura mais biológica”.
“Queremos recuperar o centro de compostagem da Meia Serra, desativado há uns anos, para permitir ter fertilizantes adequados sem agrotóxicos, para fazermos uma agricultura mais saudável e mais regenerativa”, exemplifica.
O líder do partido das Pessoas Animais e Natureza entende também que “é importante caminhar para uma transição energética, estimulando a auto produção para que as pessoas possam produzir a sua própria energia”, e defende “incentivos e benefícios fiscais para que as pessoas o possam fazer”.
Já no que toca aos apoios públicos, sejam eles regionais, comunitários ou nacionais, André Silva considera que “devem caminhar no sentido de apoiar modelos económicos e modelos de negócio cada vez mais sustentáveis, mais amigos do ambiente”.
O líder do PAN, em campanha, este domingo, na Madeira, considera ainda que “é importante também apostar noutros serviços públicos, nomeadamente em mais residências para os idosos”, através da criação de “uma rede regional pública”.
As eleições regionais legislativas da Madeira decorrem em 22 de setembro, com 16 partidos e uma coligação a disputar os 47 lugares no parlamento regional.
PDR, CHEGA, PNR, BE, PS, PAN, Aliança, Partido da Terra-MPT, PCTP/MRPP, PPD/PSD, Iniciativa Liberal, PTP, PURP, CDS-PP, CDU (PCP/PEV), JPP e RIR são as 17 candidaturas validadas para estas eleições, com um círculo único.
Nas regionais de 2015, os sociais-democratas seguraram a maioria absoluta, com que sempre governaram a Madeira, por um deputado, com 24 dos 47 parlamentares.