14 set, 2019 - 17:05 • Olímpia Mairos , enviada da Renascença à Madeira
A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE), Catarina Martins, manifestou-se, este sábado, disponível para repetir uma geringonça na Madeira
“O Bloco de Esquerda estará sempre disponível para mudanças no país e para mudanças na Madeira que puxem pelos direitos das pessoas”, afirmou Catarina Martins, frisando que o partido “está disponível para todas as soluções exigentes que puxam pela vida das pessoas”.
Já no discurso, durante um almoço convívio, em Câmara de Lobos, a líder do BE apelou ao voto no partido para “fazer a diferença também na Madeira” e pediu o empenho de todos para que o partido possa sair reforçado nas eleições, a 22 de setembro.
A líder do BE aproveitou a presença na Madeira para lembrar que este domingo, se comemoram 40 anos da assinatura do decreto-lei que criou o Serviço Nacional de Saúde, “uma das maiores conquistas da democracia” e que permitiu também a criação do Serviço Regional de Saúde.
São “40 anos que marcam a diferença entre um país em que quem adoecia perdia tudo, porque não tinha cuidados de saúde, e o dia de hoje, em que, com todas as dificuldades, sabemos que as pessoas têm direito a ter cuidados”, afirmou Catarina Martins.
A coordenadora do BE falou ainda das “muitas dificuldades” que se verificam no setor da saúde e lembrou a luta por "um novo hospital no Funchal e da responsabilidade do Governo da República e da Região” no atraso dessa construção.
“O hospital do Funchal é uma questão de dignidade. Num país que está envelhecido, em que há mais doenças crónicas, em que há uma maior esperança de vida, o Serviço Nacional de Saúde não pode enfraquecer, tem de ficar cada vez mais forte, para responder aos novos desafios”, defendeu.
A coordenadora nacional do Bloco de Esquerda lembrou também que a “última legislatura acabou com o debate sobre a nova Lei de Bases da Saúde” e assegurou que a próxima vai começar a debater “os meios a dar ao SNS para que toda a gente tenha a melhor prestação de cuidados de saúde”.
“A saúde é um pilar da democracia e cá estamos nós, todos os dias, para defender os serviços públicos que combatem as desigualdades”, assegurou a líder bloquista.
Depois de se questionar sobre se “se deve continuar a financiar grupos privados ou reforçar o SNS”, Catarina Martins afirmou que “as escolhas na Madeira e na República vão ser em grande medida sobre a saúde”.
Catarina Martins, que foi interrompida várias vezes pelos aplausos do público, enumerou ainda as medidas pelas quais o BE lutou nos últimos quatro anos, como o descongelamento dos salários, o aumento das pensões mais baixas e a subida do salário mínimo nacional e prometeu continuar a trabalhar para dar melhores condições de vida a todos os portugueses.
“Cá estaremos. O BE não faltará a nenhuma solução que melhore a condição concreta de vida desta gente, mas também nunca pactuaremos com quem assalta o que é de todos. E é por isso que no dia 22 de setembro e no dia 6 de outubro o voto que faz acontecer um país mais justo e mais digno é o voto no Bloco de Esquerdo”, afirmou Catarina Martins.
As eleições regionais legislativas da Madeira decorrem em 22 de setembro, com 16 partidos e uma coligação a disputar os 47 lugares no parlamento regional.