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Miguel Albuquerque diz que se demite se perder ​eleições na Madeira

20 set, 2019 - 21:23 • Lusa

Cabeça de lista do PSD rejeita a ideia de formar uma "geringonça" "como aconteceu a nível nacional", porque isso "não faz sentido".

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O cabeça de lista do PSD às eleições legislativas da Madeira, Miguel Albuquerque, disse esta sexta-feira que se demite da liderança da estrutura regional do partido se perder no domingo, mas mostrou-se confiante num bom resultado.

"Se perder as eleições com certeza que sim, eu assumo responsabilidades", disse, quando questionado se se demite do cargo de presidente do PSD/Madeira se sofrer uma derrota no domingo.

Miguel Albuquerque disse ainda que, se perder, não irá "constituir um governo, como aconteceu a nível nacional", porque isso "não faz sentido".

Em jeito de balanço das duas semanas de campanha, que termina esta sexta-feira, disse que a "mensagem passou e hoje as pessoas já interiorizaram que o pior que podia acontecer na Madeira era uma geringonça de esquerda".

Em relação a domingo, disse ter "uma boa expectativa" e admitiu que acha que vai ganhar.

"Vamos ter um bom resultado", afirmou.

Em dúvida está a manutenção da maioria absoluta que o PSD tem há 43 anos.

Caso não consiga a maioria absoluta, logo verá o que fará, mas de uma coisa tem a certeza: "Governar com a esquerda, nunca!".

Questionado acerca da hipótese de entendimento com o CDS, caso não tenha maioria absoluta, disse que "tudo é possível, mas, neste momento, o que precisa é de uma maioria expressiva e consistente no PSD".

Miguel Albuquerque falava aos jornalistas minutos antes de começar a arruada do PSD que encerrou as ações da campanha social-democrata para as eleições regionais de domingo.

Bombos, bandeiras cor de laranja, cânticos e um mar de gente encheram as ruas do centro do Funchal.

Durante pouco mais de uma hora, o cabeça de lista, Miguel Albuquerque, e o presidente honorário do PSD, Alberto João Jardim, distribuíram beijos, abraços e cumprimentos e tiraram fotografias.

Com uma bandeira da Região Autónoma da Madeira nas mãos, Miguel Albuquerque deu o mote para o início da arruada a dançar ao som dos cânticos que a Juventude Social-Democrata (JSD) cantava atrás de si, sendo acompanhada pelas centenas de pessoas que participaram nesta ação de campanha.

"Nós só queremos Miguel a presidente", "Viva a Madeira", "Madeira livre" e "PSD, Glorioso, PSD", numa alusão à música do Benfica, foram os cânticos que dominaram a campanha social-democrata e que hoje se repetiram na arruada.

Perto da Sé do Funchal, quatro jovens ativistas e apartidários exibiram a Miguel Albuquerque cartazes onde apelavam a políticas ambientais e também à participação numa greve pelo clima, na próxima semana.

O candidato social-democrata passou por eles sem parar, enquanto Alberto João Jardim parou em frente aos jovens a entoar os cânticos do PSD.

Um pouco mais abaixo, na Rua Fernão de Ornelas, cheia de esplanadas e lojas, as pessoas acumulavam-se nas bermas para ver passar o ex-presidente do Governo Regional da Madeira e o candidato, tirar fotografias e cumprimentá-los.

Ambos entraram em praticamente todas as lojas para cumprimentar os lojistas.

À chegada ao Mercado dos Lavradores, Alberto João Jardim quis entrar, Miguel Albuquerque juntou-se e deram uma volta pelas bancas da fruta e dos legumes.

A arruada terminou uma hora e dez minutos depois de ter começado, na Praça da Autonomia, onde uma banca comprida com máquinas de imperial e copos já cheios esperavam os participantes.

Depois de tirar uma fotografia com a JSD, Miguel Albuquerque agarrou no megafone para agradecer a todos pelo "esforço, determinação, persistência e amor às cores da autonomia".

Agradeceu ainda a Alberto João Jardim e desejou "uma grande vitória, mais uma grande vitória sobre o socialismo e o comunismo".

E a arruada acabou como começou, com a JSD a cantar "Nós só queremos Miguel a presidente".

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