As eleições para o parlamento regional da Madeira deste domingo ficam marcadas pela perda da maioria absoluta do PSD, uma subida acentuada do PS, uma derrota com sabor a vitória do CDS. O BE desapareceu da assembleia, CDU e JPP foram outros dos perdedores da noite.
As eleições para o parlamento regional da Madeira deste domingo ficam marcadas pela perda da maioria absoluta do PSD, uma subida acentuada do PS, uma derrota com sabor a vitória do CDS. O BE desapareceu da assembleia, CDU e JPP foram outros dos perdedores da noite. A abstenção desceu em relação às eleições anteriores e uma curiosidade: se os votos nulos fossem um partido, ficariam em sexto lugar.
O PSD vence as
eleições para a assembleia regional da Madeira, mas pela primeira vez, em 43
anos, sem maioria absoluta. Os sociais-democratas conseguiram 39,42% dos votos
e 21 deputados, menos três em relação a 2015. Miguel Albuquerque quer fazer um
Governo de coligação com o CDS.
O PS é o partido
que mais cresce. A lista liderada pelo independente Paulo Cafôfo fica em
segundo lugar e consegue o melhor resultado de sempre dos socialistas no
arquipélago: 35,76% e 19 deputados. Nas eleições anteriores, em 2015, a
coligação liderada pelo PS não foi além dos 11,43% e seis deputados. Paulo
Cafôfo desafiou os partidos da oposição ao PSD para uma “Geringonça”, como no
Continente.
O CDS sofre um
“trambolhão” eleitoral nestas regionais da Madeira, mas acaba por ter um papel
principal no pós-eleições e nas contas para a formação de um Governo de
coligação. Em 2015, o partido conquistou 13,71% e um total de sete deputados.
Nas eleições deste domingo, os centristas desceram para 5,76% e três deputados.
O suficiente para, coligados com os 21 parlamentares do PSD, fazerem parte de
um Governo de coligação de centro-direita.
O Bloco de Esquerda (BE) foi um dos grandes perdedores da noite. Ficou sem os dois deputados que tinha na assembleia regional da Madeira e não foi além de 1,74%. Catarina Martins assume que o partido "teve um mau resultado" e “falhou o objetivo” de eleger um parlamentar, lamentando que permaneça na região uma maioria de direita.
A CDU também perdeu um mandato, mas conseguiu eleger o cabeça de lista Edgar Silva. A queda foi de 5,54% em 2015 para 1,80% nas eleições deste domingo. No rescaldo da noite eleitoral, o líder comunista, Jerónimo de Sousa, reclamou para a CDU algum do crédito pelo inédito fim da maioria absoluta do PSD na Madeira, culpou a bipolarização PS/PSD pela perda de um dos seus mandatos regionais e lamentou “operação para alimentar bipolarização” na Madeira, com sondagens encomendadas.
O Juntos pelo Povo (JPP) viu emagrecer o seu resultado em comparação com as eleições anteriores. O partido de Élvio Sousa conseguiu três deputados, menos dois em relação a 2015. A votação passou de 10,28% para 5,47%.
Além do BE, entre os partidos que não elegeram deputados, o mais votado foi o PAN (1,46%), seguido do PURP (1,23%), RIR (1,21%), PTP (1%), Aliança (0,53%), Iniciativa Liberal (0,53%), Chega (0,43%), PDR (0,42%), PCTP/MRPP (0,42%), MPT (0,35%) e PNR (0,19%). Houve ainda 706 votos em branco, (0,49%) e 2.530 votos nulos (1,77%). Facto curioso: se fossem uma força política, os votos nulos ficavam em sexto lugar nestas eleições.
A boa notícia da noite para todos os partidos: a abstenção desceu para 44,49%, uma melhoria em relação às eleições regionais de 2015 quando a percentagem de eleitores que não foram votar chegou aos 50,33%.
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22 set, 2019 21:29
as eleicoes na madeira parece um jogo de carta!
o be e o pc fizeram batota!