03 out, 2019 - 16:29 • Lusa
O corpo do fundador do CDS-PP e antigo ministro Diogo Freitas do Amaral, que morreu esta quinta-feira, vai para o Mosteiro dos Jerónimos, na sexta-feira. O funeral decorrerá sábado, no cemitério da Guia, Cascais, disse fonte familiar.
Está previsto que o corpo chegue aos Jerónimos às 17h00, com celebração de missa às 19h00. No sábado, haverá missa às 12h00 seguindo depois o cortejo fúnebre até Cascais.
Sábado será dia de luto nacional, por decisão do Governo. De acordo com a nota do Conselho de Ministros extraordinário, realizado esta quinta-feira, a declaração de luto nacional justifica-se porque Freitas do Amaral "foi um político e académico de primeira linha".
Freitas do Amaral, que estava internado desde 16 de setembro, fez parte de governos da Aliança Democrática (AD), entre 1979 e 1983, e mais tarde do PS, entre 2005 e 2006, após ter saído do CDS em 1992.
No final de junho deste ano, Freitas do Amaral lançou o seu terceiro livro de memórias políticas, intitulado "Mais 35 anos de democracia - um percurso singular", que abrange o período entre 1982 e 2017, editado pela Bertrand.
Nessa ocasião, em que contou com a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o primeiro líder do CDS e candidato nas presidenciais de 1986 – que perdeu para Mário Soares - recordou o seu "percurso singular" de intervenção política, afirmando que acentuou valores ora de direita ora de esquerda, face às conjunturas, mas sempre "no quadro amplo" da democracia-cristã.
Líder do CDS, primeiro-ministro interino, ministro em governos à esquerda e à direita, presidente da Assembleia-Geral da ONU, disse em entrevista à agência Lusa quando já se encontrava doente, em junho de 2019, que sofreu “um bocado” com a derrota nas presidenciais de 1986, embora tenha conseguido dar a volta, com “uma carreira de um tipo diferente” e partir para "uma série de pequenas vitórias".
[Notícia atualizada às 11h21]