15 out, 2019 - 19:42 • Lusa
O primeiro-ministro indigitado, António Costa, considerou esta terça-feira que a equipa do XXII Governo Constitucional que propôs ao Presidente da República e que este aceitou constitui um executivo "de continuidade" e "reforçado politicamente".
"Trata-se de um Governo coeso, de continuidade, naturalmente, relativamente ao Governo que ainda está em funções, e no qual procurámos reforçar o centro do Governo", declarou António Costa aos jornalistas, no Palácio de Belém, em Lisboa, em Lisboa, logo após a divulgação do novo elenco governamental.
O secretário-geral do PS e primeiro-ministro indigitado referiu que "esta legislatura terá um período muito exigente", com a presidência portuguesa do Conselho da União Europeia.
Por outro lado, António Costa salientou "a criação de dois ministérios de natureza transversal: o Ministério do Planeamento e o Ministério da Modernização do Estado e da Administração Pública" e "a autonomização também do Ministério da Coesão Territorial".
"O atual Governo teve uma remodelação profunda há cerca de um ano e, naturalmente, este Governo apresenta-se como na continuidade daquilo que foi a governação anterior. Agora em melhores condições, mais reforçado politicamente, tendo em conta os resultados eleitorais, mas naturalmente numa lógica de continuidade", reforçou.
Antes de falar aos jornalistas, António Costa esteve reunido com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, durante cerca de meia hora.
O primeiro-ministro indigitado chegou ao Palácio de Belém pelas 18h28, trazendo uma pasta de documentos branca debaixo do braço, que depois, no início da reunião com o chefe de Estado, colocou em cima da mesa.
António Costa espera que tomada de posse seja a 22 ou 23 de outubro
O primeiro-ministro indigitado, António Costa, espera que o XXII Governo Constitucional possa tomar posse no dia 22 ou 23 deste mês, no dia seguinte à primeira reunião da nova Assembleia da República.
"Se [a Assembleia da República] reunir a 21, o senhor Presidente da República irá marcar a tomada de posse para 22, se [a Assembleia] reunir a 22, marcará a tomada de posse para 23", afirmou.
António Costa, que falava aos jornalistas logo após a divulgação do seu novo elenco governamental, referiu que "tudo depende agora do apuramento dos resultados e do início de funções da Assembleia da República".
Segundo os seus cálculos, se o apuramento geral dos resultados ficar concluído nesta quarta-feira e os resultados eleitorais forem publicados em Diário da República ainda esta semana, "ou no dia 17 ou no dia 18", quinta ou sexta-feira, "o que é normal é que a Assembleia da República reúna ou a 21 ou a 22", segunda ou terça da próxima semana.