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Cristas não quer ser deputada, mas fica na Assembleia até haver um sucessor

17 out, 2019 - 23:22

Líder demissionária dos centristas anunciou também, no arranque do conselho nacional do CDS, que vai manter-se como vereadora do partido na Câmara Municipal de Lisboa.

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A líder demissionária do CDS-PP, Assunção Cristas, vai renunciar ao mandato de deputada, mas ficará na Assembleia da República até ao próximo congresso, foi anunciado esta quinta-feira.

O anúncio foi feito por Assunção Cristas no arranque do conselho nacional do CDS, na sede do partido, em Lisboa, informou o secretário-geral do partido, Pedro Morais Soares.

A líder centrista anunciou também aos conselheiros que vai manter-se como vereadora do partido na Câmara Municipal de Lisboa, para que foi eleita nas autárquicas de 2017.

Congresso a 25 e 26 de janeiro de 2020, em local a definir

O 28.º congresso do CDS-PP, para decidir a sucessão de Assunção Cristas, vai realizar-se em 25 e 26 de janeiro de 2020, foi hoje aprovado no conselho nacional do partido.

A proposta foi feita pela direção de Cristas, que assumiu o mau resultado do partido nas legislativas, e anunciou que não se recandidatava à liderança dos centristas logo na noite das eleições.

O secretário-geral do partido, Pedro Morais Soares, afirmou aos jornalistas que a escolha se deve a uma “questão simbólica”, por ter sido nessa data que se realizou o primeiro congresso do partido, no Palácio de Cristal, no Porto, em 1975, que foi cercado durante horas por militantes de esquerda. Agora, segundo o dirigente centrista, a direção espera que as estruturas concelhias e distritais apresentem candidatura para o local onde se vai realizar a reunião magna dos centristas.

A eleição de delegados ao congresso está prevista para 30 de novembro e o prazo para a apresentação de moções globais, com que os candidatos apresentam a sua candidatura à liderança, e as setoriais, termina em 27 de dezembro.

Até ao momento, há dois candidatos “em reflexão”, João Almeida, deputado e porta-voz do partido, e Filipe Lobo d’Ávila, do grupo "Juntos pelo Futuro", e um candidato assumido, Abel Matos Santos, da Tendência Esperança em Movimento (TEM). Hoje, à entrada para a reunião, o líder da JP, Francisco Rodrigues dos Santos, também admitiu uma eventual candidatura e afirmou-se "disponível para aquilo que os militantes" entenderem que ele possa "ser mais útil".

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