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Verdes disponíveis para "apreciação prévia" de OE, moções de censura ou rejeição do programa

19 out, 2019 - 19:09 • Lusa

O Partido Ecologista "Os Verdes" (PEV) elegeu nas últimas legislativas dois deputados, José Luís Ferreira, pelo círculo eleitoral de Setúbal, e Mariana Silva, pelo círculo eleitoral de Lisboa, que substituirá a histórica dirigente do partido no parlamento, Heloísa Apolónia.

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O Partido Ecologista "Os Verdes" (PEV) reiterou, este sábado, a disponibilidade para fazer "uma apreciação prévia" com o Partido Socialista (PS) de diplomas como o Orçamentos do Estado e eventuais propostas de rejeição do programa de Governo ou moções de censura.


Esta é uma das conclusões do Conselho Nacional do PEV, realizado este sábado, e que valida o que já tinha sido aprovado pela direção do partido, na semana seguinte às legislativas de 6 de outubro.

"Os Verdes reafirmam a disponibilidade do partido para a apreciação prévia conjunta de eventuais propostas de rejeição ao Programa de Governo, moções de censura ao Governo e de cada Orçamento do Estado. Reafirmamos também o princípio estabelecido pelo PEV de que votará favoravelmente todas as propostas que beneficiem o país e a sua sustentabilidade ambiental e social, e que votará contra todas as que forem em sentido inverso", referem as conclusões do Conselho Nacional do partido.

O partido congratula-se com a eleição de dois deputados ecologistas, José Luís Ferreira, pelo círculo eleitoral de Setúbal, e Mariana Silva, pelo círculo eleitoral de Lisboa, que substituirá a histórica dirigente do partido no parlamento, Heloísa Apolónia.

"Os Verdes" apontam ainda que "apesar dos resultados globais da CDU não terem sido satisfatórios, a CDU realizou uma grande campanha eleitoral, de muita proximidade e de contacto direto com as populações", voltando a apontar responsabilidades à comunicação social.

"À semelhança do que vem sendo a cobertura dos atos eleitorais, a comunicação social, infelizmente, tem tido um papel de silenciamento, de deturpação e daquilo que é a ação ecologista consequente do PEV e da grandiosidade e riqueza das campanhas eleitorais da CDU", dizem.

Pelo contrário, lamentaram "um crescimento alarmante da vertente populista de candidaturas e campanhas eleitorais, e da sua valorização pelos media", assim como "o crescimento de uma extrema-direita que agrega princípios perigosos de rejeição da solidariedade e da inclusão social".

O partido prometeu apresentar no início da legislatura um pacote de propostas em temáticas que considera prioritárias.

Forte investimento no plano ferroviário, continuidade da "luta para travar o eucalipto e as culturas intensivas e super-intensivas nomeadamente de olival", revitalização e desenvolvimento do interior do país, redução dos plásticos e embalagens e o bem-estar animal são algumas das áreas destacadas no comunicado.

"Os Verdes continuarão também atentos e interventivos sobre setores fundamentais para dar resposta às necessidades das pessoas e à promoção do desenvolvimento, como sejam o reforço de investimento e de pessoal no Serviço Nacional de Saúde, a dignificação da escola pública e dos seus profissionais, ou a promoção da cultura", apontam.

O PEV promete ainda acompanhar matérias às quais "o PS não dá respostas", como a "preocupante decisão de pesquisa e exploração de lítio, e sem estudo de impacte ambiental", a construção de um novo aeroporto no Montijo e ao aumento de comissões por parte da Caixa Geral de Depósitos.

O Conselho Nacional dos Verdes expressou ainda solidariedade com o povo catalão, defendendo que a solução para a Catalunha "passa pela via política, e do diálogo, e não pela via judicial".


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