26 out, 2019 - 10:39 • Eunice Lourenço , Paula Caeiro Varela , Susana Madureira Martins
“Eu, abaixo assinado, afirmou solenemente pela minha honra que cumprirei com lealdade as funções que me são confiadas” – António Costa enganou-se na linha onde devia assinar, mas já tomou posse como primeiro-ministro do XXII e segue-se, previsivelmente, mais de uma hora de juramentos dos ministros e secretários de Estado.
Todo o Governo toma posse este sábado no Palácio da Ajuda por vontade do Presidente da República, contrariando a tradição de haver uma cerimónia de posse para os ministros e outra para os secretários de Estado. Nunca tantos membros do Governo tomaram posse ao mesmo tempo, até porque este é o maior Governo desde 1976.
Os convidados, os governantes que estão de saída e os que vão tomar posse começaram a chegar à Ajuda antes das 9h. Os ministros que não são reconduzidos – Vieira da Silva, Capoulas Santos e Ana Paula Vitorino – foram dos primeiros a chegar. Depois muitos secretários de Estado. Por fim, foram entrando os ministros. António Costa, Ferro Rodrigues e Marcelo Rebelo de Sousa foram os últimos a chegar, como é de protocolo.
Já na Sala dos Embaixadores, onde decorre a cerimónia, o primeiro-ministro distribuiu cumprimentos pela primeira fila das cadeiras reservadas às altas figuras do Estado. Ferro Rodrigues, a seu lado, distribuiu sorrisos. Por fim, chegou Marcelo, com a tradicional gravata azul, como azul é também a gravata escolhida pelo primeiro-ministro para a posse.
Depois do juramento, António Costa assinou a ata de posse. Mas enganou-se na linha onde começou a assinar. “Peço desculpa, não é nenhuma tentativa de usurpação do cargo”, acabou por dizer o primeiro-ministro que, instruído pelo secretário-geral da Presidência da República, acabou por assinar no sítio certo. E seguiu-se a assinatura pelo Presidente da República.
Depois de todos os ministros jurarem e assinarem, Marcelo Rebelo de Sousa volta a assinar a ata de posse. E o mesmo fará depois de os secretários de Estado tomarem posse. Só perto do meio-dia devem ser pronunciados os discursos de Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa.