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A primeira proposta do Livre: pôr Aristides de Sousa Mendes no Panteão

30 out, 2019 - 10:13 • Redação

“Este homem não pode continuar a ser secundarizado historicamente e esta medida é por nós considerada urgente”, diz a deputada do Livre.

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A primeira iniciativa do Livre na Assembleia da República vai ser um projecto de resolução para dar a Aristides de Sousa Mendes as honras de Panteão Nacional. A informação foi avançada ao jornal Público por Joacine Katar Moreira, deputada eleita pelo partido nestas legislativas.

Joacine justifica a decisão afirmando que Aristides “desafiou a ideologia fascista para acolher refugiados, salvá-los e dar-lhes dignidade”. “Este homem não pode continuar a ser secundarizado historicamente e esta medida é por nós considerada urgente”, diz a deputada.

O português Aristides de Sousa Mendes foi cônsul em Bordéus durante a Segunda Guerra Mundial, no ano da invasão de França pela Alemanha Nazi. Nesta altura, desafiou ordens expressas do presidente António de Oliveira Salazar, ao conceder, durante três dias e três noites, milhares de vistos de entrada em Portugal a refugiados, principalmente a judeus que fugiam da Alemanha, mas também outros indivíduos que simplesmente procuravam asilo, pois desejavam fugir de França em 1940.

O antigo cônsul está sepultado no cemitério de Cabanas de Viriato, em Viseu, terra onde nasceu.

Sobre outras medidas, Joacine Katar Moreira diz que o partido está ainda a discutir, depois de ter iniciado diálogos com outros partidos da esquerda. Sobre a proposta de aumento do salário mínimo nacional até aos 900 euros, até ao final da legislatura, que constava do programa do Livre, a deputada revelou que o PS “mostrou-se receptivo, mas informou-nos que iam avaliar este aumento, que é efectivamente significativo e já nos disseram que só propõem um máximo de 750 euros. É um aumento útil, mas ainda insuficiente”, afirma.

O programa do Governo começa a ser discutido esta quarta-feira na Assembleia da República.

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