31 out, 2019 - 12:27 • Lusa
O CDS-PP acusou esta quinta-feira o "maior Governo de sempre", liderado pelo PS, de ser "mais do mesmo" e considerou que a "geringonça" com os partidos de esquerda vai ser ressuscitada no Orçamento do Estado.
No encerramento do debate do programa do Governo, na Assembleia da República, a líder parlamentar do CDS, Cecília Meireles, afirmou que "quantidade e qualidade são coisas muito diferentes", referindo-se ao novo executivo.
"A quantidade de membros bateu todos os recordes, já a qualidade das políticas será mais do mesmo", disse Cecília Meireles, que acusou os socialistas de, neste debate do programa do Governo, ter feito propaganda.
A poucas semanas da apresentação da proposta de Orçamento do Estado para 2020, a deputada do CDS falou ainda dos "arrufos e reconciliações da praxe, nos últimos quatro anos", entre os antigos parceiros da esquerda (PS, PCP, BE e PEV) que assinaram acordos parlamentares na anterior legislatura mas que não os renovaram depois das legislativas de outubro.
Para Cecília Meireles, "a geringonça permanece" e o acordo que "nas semanas passadas não quiseram assinar será assinado muito em breve" com o Orçamento do Estado.
"É através dele que o Governo e os seus partidos aliados se responsabilizarão pelas políticas, pelo Governo e por mais do mesmo", tentando "fingir que não o fazem", afirmou.
No seu discurso, Cecília Meireles fez duras críticas ao primeiro-ministro pela falta de respostas às perguntas dos deputados centristas, sobre a eutanásia, as forças de segurança ou as investigações no Serviço de Estrangeiros e Fronteiras.
Por isso, acusou António Costa de falta de respeito pela Assembleia da República.
E atacou o chefe do executivo por se esconder "atrás de frases feitas" para evitar dar uma "resposta direta à pergunta simples" do CDS sobre se pode garantir que "nenhum português com os mesmos rendimentos [em 2019] não vai no próximo ano pagar mais impostos.
Quanto ao futuro, a líder parlamentar dos centristas prometeu que o CDS vai continuar a apresentar propostas, por exemplo, quanto à carga fiscal e impostos, mas também quanto ao alargamento progressivo da ADSE, subsistema de saúde, a todos os portugueses.
Cecília Meireles prometeu, igualmente, que o seu partido "não desistirá" de propor o "desagravamento da carga fiscal".