24 dez, 2019 - 19:34 • Pedro Mesquita , Marta Grosso
Marcelo Rebelo de Sousa admite que é bom haver uma governação tendencialmente à esquerda. O Presidente acredita na aprovação do Orçamento do Estado para 2020 e não esconde que prefere uma convergência à esquerda para viabilizar o documento.
De visita à associação Raríssimas, nesta terça-feira, véspera de Natal, Marcelo explicou o que quis dizer há dois dias, quando afirmou que “o que é natural é que sejam as forças que têm maioria numérica no Parlamento e que estiveram na base do apoio do Governo anterior” a viabilizar o próximo Orçamento do Estado.
“O que disse foi uma coisa muito simples: o que é natural – aliás, o senhor primeiro-ministro já tinha dito isso – é que haja um entendimento e uma convergência nos termos que se verá entre aqueles que estiveram na base de apoio do Governo anterior”, reafirmou nesta terça-feira à tarde.
“O que é natural é que sejam as forças que têm mai(...)
“Mas, além de ser natural, tem outras virtualidades”, acrescentou o Presidente. “A primeira é impedir soluções pontuais, negociadas caso a caso, que são sempre menos estáveis. Segundo lugar, é permitir uma clareza dentro do sistema político português”.
Marcelo explica que a sua preocupação é evitar que se passe em Portugal o mesmo que “noutros países, que é a fragmentação à direita e a fragmentação à esquerda e de repente não haver alternativas”.
“Eu penso que é bom haver uma área da governação – houve no último Governo - tendencialmente à esquerda e haver uma alternativa que se vá formando, de centro-direita e de direita – para o futuro”, conclui.
O próximo Orçamento do Estado tem prevista a primeira votação, na generalidade, em janeiro e a final global em fevereiro.