03 jan, 2020 - 15:24
O candidato à liderança do PSD Rui Rio culpou o Governo pela “situação explosiva, errada e triste” de agressões a médicos, por ter deixado degradar os serviços públicos, nomeadamente o Serviço Nacional de Saúde (SNS).
“Estas últimas notícias sobre agressões a médicos são o reflexo da degradação [do SNS]. A degradação chegou a um ponto tal que os utentes perdem a paciência. E os médicos também, porque querem fazer mais e melhor e não tem meios, já estão rebentar pelas costuras. É uma situação explosiva, errada e triste”, afirmou Rui Rio no Porto, à margem de um encontro com a Comissão de Honra Distrital, na qual destacou a presença de várias personalidades independentes.
Para o presidente do PSD, “se há elemento onde este governo, que é a continuidade do anterior, falhou foi na qualidade dos serviços públicos”.
Ainda não são conhecidas que medidas o ministério (...)
Rio observou que “grande parte da degradação” em causa “tem a ver com a incapacidade do Governo”, nomeadamente com “o financiamento e com a ausência de gestão no SNS”
Outra parte da degradação, observou, “é filha da evolução e demografia da sociedade”.
O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) lamentou na quinta-feira mais um caso de agressão a um médico, instando a ministra da Saúde a criar condições de segurança para estes profissionais de modo a diminuírem o número de casos.
Um médico de clínica geral foi agredido a soco e a pontapé por um doente, durante uma consulta no Centro de Saúde de Moscavide, Lisboa, de acordo com o secretário-geral do SIM, Jorge Roque da Cunha.
Em declarações hoje à agência Lusa, o secretário-geral sublinhou que algo tem de ser feito para diminuir as agressões aos profissionais de saúde.
Em declarações na rede social ‘Facebook´, hoje citadas Jornal de Noticias, o médico contou que o utente, de 20 anos, lhe pediu uma vacina da gripe e que lhe passasse uma renovação da baixa, retroativa a 26/12/2019".
Como o médico se recusou, foi agredido pelo utente com a ajuda da namorada deste.
Este é o segundo caso de violência contra um médico em menos de uma semana, quando uma médica da urgência do Hospital de S. Bernardo, em Setúbal, foi agredida por um utente.