19 jan, 2020 - 15:00 • Susana Madureira Martins, com Rui Barros
A deputada Joacine Katar Moreira admitiu este domingo, no encerramento do IX Congresso do Livre, fazer “cedências” para entender-se com o partido.
Em declarações aos jornalistas no final do congresso, a deputada falou em disponibilidade para conversar com o grupo de contacto – o órgão dirigente do partido que foi eleito este domingo.
“Qualquer cedência da minha parte precisa de se no que diz respeito ao meu trabalho e precisa de ser, obviamente, na base da verdade absoluta. O que eu acho que não houve foi exatamente isso”, advertiu a deputada eleita pelo Livre que, nos últimos meses, entrou em rota de colisão com o partido. Este sábado, a deputada exaltou-se no seu discurso no congresso, e acusou a direção do partido de mentir.
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Em jeito de resposta, Pedro Mendonça, da nova direção eleita, avisou que só por milagre pode haver uma mudança de opinião sobre a forma de resolver as divergências com Joacine, dando a entender que a retirada de confiança política à deputada é inevitável.
“Se, por algum ato milagroso, houver uma mudança de atitude por parte da deputada Joacine Katar Moreira, e se a assembleia a isso solicita, obviamente que trabalharemos com Joacine Katar Moreira”, disse, acrescentando que entende que “o reforço de mais de 85% dos votos expressos em urna” dão à direção um sinal de que querem “a continuidade da linha que esta direção tem vindo a seguir”.
Uma ideia que já tinha sido veiculada encerramento do Congresso durante o discurso da dirigente Isabel Mendes Lopes, que garantiu que as ideias e as pessoas da nova direção são uma continuação da anterior.
Será a nova direção, agora eleita, a decidir a retirada, ou não, de confiança política à deputada Joacine Katar Moreira.