11 abr, 2020 - 19:14 • Redação
A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE), Catarina Martins, lembra que o partido não aceitou “austeridade em 2011” e não a aceitará em 2021.
É esta a resposta da líder bloquista à entrevista do primeiro-ministro à Lusa em que António Costa disse que “ficaria desiludido se só pudesse contar” com bloquistas e comunistas “em momentos de vacas gordas e quando a economia está a crescer”.
Catarina Martins refere que “a União Europeia já veio dizer que flexibiliza agora, mas vai exigir cortes no futuro”.
“António Costa fala do fim do tempo das vacas gordas, mas será que ele alguma vez existiu? E Rui Rio repete que o que se gastar agora vai ter de se pagar no futuro”, disse a coordenadora do Bloco de Esquerda, em mensagem de vídeo.
Segundo o BE, “cortar nos salários, nas pensões, nos serviços públicos e no investimento público quando a economia está mais fragilizada só acrescenta crise à crise”.
Catarina Martins sugere “puxar pelo emprego, proteger os serviços públicos e ter um investimento publico que seja contracíclico”.
Na mensagem, a líder bloquista reforça que “é momento de aprender com os erros do passado e não cair nas armadilhas de sempre”.
Catarina Martins deixou ainda uma palavra sobre as medidas de contenção: “Há a tentação de pensar que tudo se resolve pondo fim à contenção, o que seria um erro”.