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Pandemia de ​Covid-19

Do "Zeferino cabeleireiro" ao "Zé do restaurante". Líder do CDS quer resposta a profissões "absolutamente desesperadas"

17 abr, 2020 - 00:33 • Redação com Lusa

Francisco Rodrigues dos Santos espera também que estado de emergência seja um “passaporte” para a normalidade.

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O presidente do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, afirmou quinta-feira que espera que a renovação do estado de emergência decretado na sequência da pandemia de Covid-19 seja “um passaporte” para o país voltar à normalidade.

“O CDS espera que este novo estado de emergência represente um passaporte para uma transição gradual do país à normalidade, porque sabemos que uma paralisação prolongada da economia tem riscos muito negativos para as empresas, para a manutenção de empregos e para os rendimentos das famílias”, afirmou Francisco Rodrigues dos Santos num vídeo enviado à comunicação social.´



Nessa mensagem, o líder do CDS pede ao Governo que “crie um plano de reativação” para a economia, que “responda a profissões que estão absolutamente desesperadas”. E deu exemplos: “A Ana, que é advogada, a Inês, que é médica dentista, o Zeferino, que é cabeleireiro, e o Zé, que tem um restaurante”.

“O CDS insiste nas suas medidas que injetam liquidez e um choque de tesouraria nas empresas, como o cheque de emergência de apoio às pequenas e médias empresas, o ‘lay-off’ alargado a todos os sócios-gerentes e uma isenção do pagamento por conta, especial por conta e adicional por conta”, acrescentou.

O presidente do CDS destacou igualmente que “o sucesso com que vencemos esta crise depende do êxito com que apoiarmos estas pessoas”.

O Presidente da República decretou quinta-feira a segunda prorrogação do estado de emergência em Portugal, até 02 de maio, para permitir medidas de contenção da covid-19, e disse esperar que seja a última. "Acabo de assinar a segunda - e desejo, e todos desejam, a última - renovação do estado de emergência, para vigorar até às 24 horas do dia 02 de maio", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, numa comunicação ao país, a partir do Palácio de Belém, em Lisboa.

O estado de emergência vigora em Portugal desde o dia 19 de março e, de acordo com a Constituição, não pode ter duração superior a 15 dias, sem prejuízo de eventuais renovações com o mesmo limite temporal.

Também quinta-feira, na Assembleia da República, o primeiro-ministro, António Costa, afirmou esperar "que esta seja a última vez" que se decreta o estado de emergência em Portugal.

Durante a tarde, a Assembleia da República aprovou o decreto do Presidente da República que renova o estado de emergência até ao final do dia 2 de maio, para permitir medidas de contenção da covid-19.

No plenário, o PS, PSD, BE, CDS-PP e PAN votaram a favor da prorrogação do estado de emergência, enquanto PEV e Chega abstiveram-se. O PCP e a deputada não inscrita, Joacine Katar Moreira, que se tinham abstido na primeira renovação do estado de emergência, juntaram-se ao parlamentar da Iniciativa Liberal, João Cotrim de Figueiredo, no voto contra.

Portugal regista 629 mortos associados à covid-19 em 18.841 casos confirmados de infeção, segundo o boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre a pandemia.

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