21 abr, 2020 - 23:26 • Redação
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Quatro dias depois de o governo ter anunciado que vai comprar antecipadamente espaço destinado a publicidade institucional no valor de 15 milhões de euros, o triplo do que estava previsto no Orçamento do Estado para 2020, apoiando desta forma a comunicação social face às perdas registadas devido à pandemia de Covid-19, o presidente do PSD, Rui Rio, utilizou esta terça-feira a rede social Twitter para questionar tais ajudas.
“Será justo o Governo dar 15 milhões às empresas de comunicação social quando não o faz às outras e quando a muitas delas (designadamente às da Saúde) nem sequer paga o que deve a tempo e horas?”, começou por apontar em tom crítico Rio, disferindo nova interrogação de seguida: “E será correto que o faça por compra de publicidade ao Estado que ele próprio gere?”
Também na semana passada, mas antes ainda de o governo anunciar estes apoios, Rui Rio endereçou uma carta aos militantes social-democratas, defendendo que é necessário união e solidariedade perante o atual contexto de pandemia, criticando igualmente os que cedem "à tentação de agravar os ataques aos governos em funções".
Rio considerava que o aproveitamento partidário das fragilidades políticas que a gestão de uma situação tão complexa acarreta "não é, neste momento, uma postura eticamente correta". E, acima de tudo, para o líder social-democrata, "não é uma posição patriótica".
O Governo vai gastar 15 milhões de euros em public(...)
A rádio e a televisão públicas, assim como a agência noticiosa Lusa, ficam fora desta medida de apoio à comunicação social, cuja verba será distribuída da seguinte forma: 75% para os meios de comunicação social de circulação nacional e 25% para a imprensa regional.
As primeiras compras de espaço poderão ocorrer ainda durante o mês de abril. “Na próxima semana começaremos a trabalhar detalhadamente na definição dos espaços e verbas para depois avançarmos”, garantiu a ministra da Cultura, Graça Fonseca, na última sexta-feira.
Esses espaços serão adquiridos nas televisões, rádios e publicações periódicas, e poderão ser usados por todos os organismos públicos durante os anos de 2020 e 2021.