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Coronavírus. “Ninguém acredita nos números da China, mas ninguém faz nada”

10 mai, 2020 - 08:36 • Marta Grosso (texto), José Bastos (entrevista)

Ribeiro e Castro que a União Europeia deve exigir números reais ao regime de Pequim. “Numa epidemia, é indispensável que as estatísticas sejam fiáveis e comparáveis”, diz o antigo eurodeputado, convidado do programa Conversas Cruzadas na Renascença.

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A comunidade internacional deve exigir à China a verdade sobre os números da pandemia, defende o antigo eurodeputado José Ribeiro e Castro, convidado do programa da Renascença Conversas Cruzadas.

Nas últimas 24 horas (de sábado para domingo), a China regista apenas 14 novos casos de infeção e há cerca de um mês que as autoridades chinesas não detetam qualquer morte, mantendo-se as 4.633 vítimas mortais.

“Se nós tivéssemos, em Portugal, os números equivalentes à China, tínhamos 591 infetados e tínhamos 33 mortos. Não tínhamos mais do que isto”, afirma Ribeiro e Castro na Renascença.

“Ninguém acredita nos números da China, mas ninguém faz nada para que a China publique números que sejam verdadeiros”, critica o também antigo líder do CDS-PP.

José Ribeiro e Castro defende, por isso, que as Nações Unidas, a Organização Mundial de Saúde (OMS) e a União Europeia têm de levantar a voz.

“A União Europeia tem que exigir” a verdade “ou então certificar – dizer, ‘nós rendemo-nos. Fomos ver e aqueles números são verdadeiros’”, diz “Porque, se aqueles números são verdadeiros, o fracasso do Ocidente é monumental”, determina.

“Por exemplo, a Bélgica tem indicadores que são 200 vezes piores do que os da China em termos de mortes. Também um número exorbitante, 75 vezes pior, em termos de infetados”, indica Ribeiro e Castro, para quem “a verdade tem de ser estabelecida”, pois “é a única ferramenta para a confiança, que é indispensável”, sobretudo, em tempos de pandemia.

“Numa epidemia, é indispensável que as estatísticas sejam fiáveis e comparáveis”, reforça ainda.

Estas declarações de Ribeiro e Castro foram proferidas no programa da Renascença Conversas Cruzadas, emitido aos domingos entre as 12h00 e as 13h00.

Comentários
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  • Maria Oliveira
    10 mai, 2020 14:07
    Tem toda a razão o Dr. Ribeiro e Castro. Impressiona o silêncio generalizado dos responsáveis ocidentais sobre este assunto.

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