17 mai, 2020 - 12:29 • Marta Grosso
Marcelo Rebelo de Sousa não se quer imiscuir nas competências do Governo. Por isso, prefere não comentar a eventual saída de Mário Centeno da pasta das Finanças para o Banco de Portugal.
“Isso é competência do Governo, do senhor primeiro-ministro, não vou agora ser primeiro-ministro, já basta ser Presidente da República; já são competências de responsabilidade”, afirmou aos jornalistas, neste domingo de manhã, à margem de uma visita ao Mercado Municipal da Ericeira.
“Há separação de poderes. O que é da Assembleia é da Assembleia, o que é do Governo é do Governo, o que é do Presidente é do Presidente”, sublinhou Marcelo.
Há, contudo, um reconhecimento a fazer: “é evidente” que “os portugueses devem estar gratos ao ministro das Finanças por aquilo que tem vindo a fazer ao longo dos anos”.
“Tão evidente que o reafirmei há mês e meio ou dois meses em Belém”, insistiu o Presidente.
Questionado sobre uma eventual incompatibilidade na passagem do cargo de ministro das Finanças para a liderança do banco central, Marcelo apontou dois casos em que o mesmo aconteceu.
Em entrevista ao Expresso, o atual Governador do B(...)
“Lembro-me de dois exemplos de ministros das Finanças que saíram e logo a seguir foram nomeados governadores do Banco de Portugal. Um, no tempo da ditadura – o professor Pinto Barbosa. Foi um muito bom ministro das Finanças e depois foi muito bom governador do Banco de Portugal, logo a seguir.
E depois outro no tempo de Cavaco Silva, o professor Miguel Beleza. Foi um dedicado ministro das Finanças, saiu e depois foi nomeado governador do Banco de Portugal e também foi um dedicado e devotado governador”, afirmou.
“Daqui por um mês, o Governo decidirá a escolha do governador do Banco de Portugal” e “o Presidente da República não tem interferência nessa matéria. Chegou a haver propostas no sentido de intervir na nomeação, mas não intervém e por isso é de bom tom o Presidente não estar a pisar a competência de outros órgãos”, conclui Marcelo Rebelo de Sousa.
Nos últimos dias, Mário Centeno tem estado debaixo de fogo por causa da ajuda ao Novo Banco.
Na visita deste domingo ao mercado da Ericeira, o chefe de Estado aproveitou para apelar ao consumo de produtos nacionais e deixou elogios aos agricultores e pescadores portugueses.
"A agricultura não parou, a pesca não parou, Mesmo na altura pior, não parou e chegou à mesa dos portugueses o que chegou devido a isso", afirmou.
"Acho que é preciso mostrar que é possível fazer uma vida que não é normal como era – chama-se o novo normal – mas é o normal aos poucos, pequenos passos", sublinhou ainda o Presidente, em declarações aos jornalistas.Taborda da Gama
João Taborda da Gama elegeu a trama política à vol(...)
Nos últimos dias, Mário Centeno tem estado debaixo de fogo por causa da ajuda ao Novo Banco.
Na visita deste domingo ao mercado da Ericeira, o chefe de Estado aproveitou para apelar ao consumo de produtos nacionais e deixou elogios aos agricultores e pescadores portugueses.
"A agricultura não parou, a pesca não parou, Mesmo na altura pior, não parou e chegou à mesa dos portugueses o que chegou devido a isso", afirmou.
"Acho que é preciso mostrar que é possível fazer uma vida que não é normal como era – chama-se o novo normal – mas é o normal aos poucos, pequenos passos", sublinhou ainda o Presidente, em declarações aos jornalistas.