Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

"Estamos numa maratona" contra a Covid-19, presidenciais "não preocupam minimamente", diz Marcelo

18 mai, 2020 - 16:02 • Maria João Costa

No Dia Internacional dos Museus, o Presidente da República foi visitar a Torre de Belém. À saída confessou que não está preocupado com a recandidatura. É coisa da “bolha mediática”.

A+ / A-

Veja também:


“Cá está uma questão que não me preocupa minimamente, nem preocupa os portugueses”. É assim que Marcelo Rebelo de Sousa reage quando questionado sobre uma recandidatura a Belém.

No final de uma visita à Torre de Belém, neste Dia Internacional dos Museus, o Presidente da República preferiu apontar como prioridades do momento, a pandemia, o desconfinamento e o arranque da economia.

Marcelo Rebelo de Sousa diz que “estamos numa maratona” e lembra que se perguntarmos aos portugueses: “olhe, o que é que o preocupa”, eles irão responder: “a pandemia, o desconfinamento, depois se há ou não um segundo surto, e além disso os salários, os empregos e os rendimentos”.

Nesta maratona que vai até 2022, explica o chefe de Estado, os portugueses de olhos fixos em como “arranca ou não a economia”. “Se lhes perguntar, e as eleições? Eles dirão isto é uma maratona que vai até 2022. Daqui por dois meses haverá convocação das eleições regionais dos Açores. Daqui por 4 ou 5 meses haverá a convocação das presidências”.

Marcelo Rebelo de Sousa conclui, por isso, que “não é por isso uma preocupação dos portugueses”.

Nas suas palavras a questão da recandidatura à presidência da República é coisa da “bolha mediática” que o chefe de Estado diz bem conhecer por já ter sido comentador político.

“Os portugueses estão neste momento preocupados com a sua saúde”, aponta Marcelo, que acusa a “bolha” de “estar noutra onde que é a de discutir o que se vai passar daqui a dois meses”.

Marcelo Rebelo de Sousa apela a que nos concentremos no que é “fundamental” para continuar a “ganhar esta maratona”.

Depois, pelo meio disso, aponta o Presidente, “logo se verá quem é candidato, quem não é, quem concorre, quem não concorre, o resultado da votação qual é”.

Segundo Marcelo, “até lá chegarmos temos de ganhar o essencial da maratona”. “Neste momento não é a prioridade”, remata o chefe de Estado que esta tarde visitou a Torre de Belém na companhia da ministra da Cultura, Graça Fonseca.

Questionado sobre as palavras de Ana Gomes que falou de Marcelo como “um presidente de regime”, Marcelo Rebelo de Sousa lembrou que é “um Presidente da República que votou a Constituição, como Constituinte, que participou na primeira revisão constitucional”. A isso, o chefe de Estado somou o facto de ao ser eleito ter jurado “fazer cumprir a Constituição”, como tal “não é certamente um presidente contra o regime”.

A recandidatura de Marcelo Rebelo de Sousa foi lançada na semana passada pelo primeiro-ministro, António Costa, durante uma visita à fábrica da Autoreuropa, em Palmela.

Já esta segunda-feira, o presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, disse manter a intenção de votar "sem hesitações" em Marcelo Rebelo de Sousa nas eleições presidenciais, se o atual Presidente da República se recandidatar.

Desconfinamento: Marcelo foi aos bolos e vai almoçar e jantar fora

Portugal iniciou esta segunda-feira a segunda fase de desconfinamento, com a reabertura de creches, escolas, restaurantes e museus.

“Já hoje estive numa pastelaria a comprar uns bolos”, conta Marcelo Rebelo de Sousa, que explicou aos jornalistas que o seu plano de desconfinamento passa por ir “almoçar fora na quarta-feira e, porventura, jantar na quarta ou na quinta-feira”.

Com o seu exemplo, o Presidente da República diz que “os portugueses têm de sentir confiança nos passos que dão para que a economia e o turismo interno possam dar um salto durante este verão.”

Segundo, o inquilino de Belém, a “hotelaria e restauração estiveram parados. Tem de se ir fazendo os empresários e trabalhadores perceber como é possível” a retoma da atividade. O ritmo, aponta Marcelo, “é aos poucos, e é natural”, mas é preciso refere “aprender a exercitar” e nisso o presidente que dar o exemplo e “mostrar aos portugueses que não é perigoso”.

“Nenhum país estava preparado, nem sabe como é, se houver um segundo surto”, indica Marcelo Rebelo de Sousa, que olha para o caso português, mais uma vez como um exemplo.

“Nós soubemos tirar lições, agir e o povo português foi excecional”, agora sublinha o presidente é preciso “o reequilíbrio” porque “estamos todos a aprender fazendo”, refere Marcelo.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+