22 mai, 2020 - 17:27 • Redação
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O primeiro-ministro considera que há uma “perfeita harmonia” entre os principais atores políticos em Portugal durante a pandemia de Covid-19. António Costa só não elogia mais o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, para não cair “o Carmo e a Trindade”, e também diz que não ser líder da oposição.
Em declarações aos jornalistas durante uma visita a uma fábrica de Ovar, acompanhado por Marcelo Rebelo de Sousa, o primeiro-ministro disse que o clima de unidade contra a pandemia de Covid-19 vai ser importante para captar investimentos no futuro.
"A verdade é que, entre uma Assembleia em que
ninguém tem uma maioria, um Governo e o Presidente da República, com toda a
franqueza, a relação tem sido de perfeita harmonia e de permitir que o país
responda na hora certa a tudo o que foi necessário", declarou António Costa.
O primeiro-ministro confessa que teve "muito orgulho em ver as citações na imprensa internacional das declarações do sr. Rui Rio sobre a crise da pandemia que estamos aqui a viver".
"Não tenho rebuço nenhum em elogiar o dr. Salvador Malheiro, como tenho elogiado outros autarcas, elogiar o líder da oposição não me custa nada, e só não elogio mais o senhor Presidente da República, porque cada vez que o faço cai o Carmo e a Trindade", acrescentou António Costa.
De visita a uma fábrica de Ovar, concelho que esteve sob cerca sanitária durante cerca de um mês, o primeiro-ministro defendeu que o clima de "harmonia" e estabilidade no combate à Covid-19 e à crise económica vão ajudar a trazer investimentos no futuro.
Quando as empresas perceberam que têm de voltar a produzir na Europa equipamentos básicos, como máscaras de proteção, em vez de os fabricarem "na outra ponta do mundo", vão olhar para Portugal.
"Europa não se pode dar ao luxo de ter de andar a mendigar para ter uma coisa destas [máscara], que é uma coisa absolutamente banal para conseguirmos proteger-nos uns aos outros. E temos de ter capacidade para produzir isto aqui. Nessa altura, essas empresas quando andarem a saber, se vamos voltar para a Europa para onde vamos voltar? Eu acho que Portugal vai estar muito bem colocado para acolher muitas dessas empresas", sublinhou António Costa.