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"Lay-off"​: Bloco quer acabar com os cortes nos salários

25 mai, 2020 - 17:56 • Dina Soares

Salários a 100%, uma contribuição solidária das empresas com mais lucros e uma resposta de emergência eficaz. Foram estas as três exigências que Catarina Martins deixou em São Bento.

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O Bloco de Esquerda (BE) exige que todos os trabalhadores cujas empresas recorreram ao “lay-off” simplificado passem a ter direito ao pagamento do salário a 100% caso o Governo decida manter esta medida.

“Manter o lay-off tal como está significa que os salários estão a ser redesenhados em baixa, o que seria um sinal de desvalorização dos salários muito negativo para a economia”, afirmou Catarina Martins.

A líder do BE foi recebida esta segunda-feira por António Costa. À saída, apresentou as linhas vermelhas do Bloco para a aprovação do orçamento suplementar que o Executivo levará em breve à Assembleia da República.

Exige que as empresas que estão em dificuldades beneficiem de um alívio fiscal, mas que, em contrapartida, as empresas que tenham mantido ou aumentado os seus lucros sejam chamadas a dar uma contribuição solidária para o todo da economia.

“Não é possível pedir às empresas impostos sobre lucros passados, tal como não é possível permitir que distribuam dividendos relativos a lucros passados”, afirmou, considerando que a manutenção dos postos de trabalho deve ser uma condição para qualquer ajuda pública.

Em cima da mesa esteve ainda a necessidade de uma forte resposta de emergência. Catarina Martins defendeu a criação de mecanismos que assegurem, às pessoas mais atingidas pela pandemia de covid-19, o direito à habitação, eletricidade, gaz, água, alimentação e saúde.

Quanto à sua apreciação relativamente ao orçamento suplementar, a dirigente bloquista afirmou que ainda não teve acesso ao documento e que o seu partido só se pronunciará quando tiver conhecimento de todas as medidas.

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