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CDS fez propostas, mas saiu de reunião com António Costa sem garantias

26 mai, 2020 - 12:44 • Paula Caeiro Varela , com redação

Francisco Rodrigues dos Santos vai esperar para ver se aprova ou não o Orçamento Suplementar. CDS defende medidas como o prolongamento do “lay-off” simplificado até ao final do ano.

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O presidente do CDS, Francisco Rodrigues dos Santos, espera para ver o orçamento suplementar, mas admite que o caminho proposto pelo CDS é diferente da estratégia do Governo para relançar a económica e também para dar resposta à crise social.

O líder centrista foi o primeiro a ser ouvido neste segundo dia de audiências aos partidos em São Bento.

O CDS quer um quadro fiscal que estimule o investimento e diminuição de impostos para quem cria emprego em Portugal. Entre as propostas está também o prolongamento do “lay-off” simplificado até ao final do ano.

“Nós aguardaremos serenamente para compreender qual será a arquitetura deste programa de relançamento da economia e também o plano de emergência social. Sendo certo que o CDS tem ideias muito nítidas e claras que tivemos ocasião de apresentar ao primeiro-ministro: duplicação do valor das linhas de crédito, sendo uma percentagem garantida pelo Estado a fundo perdido; alargamento do lay-off simplificado, até ao final do ano; a eliminação dos pagamentos por conta; criação de um mecanismo de acerto de contas; e deferimento das obrigações fiscais até ao final do ano; sendo tudo isto acomodado por um plano que permita a criação de negócio, emprego, diminuição de impostos para atrair investimento.”

Francisco Rodrigues dos Santos diz que não foi feito qualquer tipo de acordo sobre a aceitação ou não destas propostas por parte do primeiro-ministro. António Costa há de apresentar o Orçamento Retificativo no próximo mês, só depois disso o CDS decide se vota contra ou a favor.

“Eu não tive garantias de que nenhuma destas propostas do CDS viria a ser implementada mais adiante. Aguardamos pelas declarações do senhor primeiro-ministro sobre esta matéria. Não foram celebrados compromissos. O CDS apresentou a sua declaração de interesses e as suas propostas e estamos na expetativa para perceber como vai ser o Orçamento Retificativo. Um partido institucional e responsável como o CDS não se pronuncia se aprovará ou não um Orçamento Retificativo antes de o conhecer”.

Francisco Rodrigues dos Santos, no final da audiência desta terça-feira, em São Bento, no segundo dia de audições do primeiro-ministro com os partidos para apresentar as linhas do Programa de Estabilização Económica e Social e do Orçamento Suplementar.

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