09 jun, 2020 - 15:47 • Sandra Afonso
Os deputados aprovaram esta terça-feira dois projetos de lei, do PAN e do PEV, que incluem um período de nojo de cinco anos para a nomeação de governador do Banco de Portugal de quem tenha desempenhado funções no Governo, na banca ou em consultoras contratadas pelo executivo.
As novas regras foram aprovadas com os votos do PSD, CDS, Chega, BE, Iniciativa Liberal e deputada não inscrita Joacine Katar Moreira. O PS votou contra, enquanto PCP e Verdes optaram pela abstenção.
No entanto, estas alterações podem não chegar a tempo para impedir a eventual escolha de Mário Centeno para governador do Banco de Portugal, uma vez que os projetos de lei descem agora à especialidade, a Comissão de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação.
Entretanto, o mandato do governador, Carlos Costa, está a terminar, acaba a 10 de julho.
Esta terça-feira, o primeiro Ministro disse compreender que Mário Centeno queira iniciar um novo ciclo, mas não esclareceu se passa pelo Banco de Portugal.
António Costa ta adiantou apenas que o nome do novo governador será discutido com o novo ministro das Finanças, João Leão, e os partidos, e será decidido “na altura própria”.