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CDS quer audição a Centeno só depois de concluído o processo legislativo que altera as regras de nomeação

26 jun, 2020 - 12:48 • Redação com Lusa

O CDS considera que o adiamento será também importante para perceber uma eventual mudança de posição de partidos como BE e PSD em relação à votação feita na generalidade.

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O CDS-PP requereu esta sexta-feira que a audição parlamentar de Mário Centeno, obrigatória antes de ser nomeado governador do Banco de Portugal, só decorra após o final do processo legislativo sobre as novas regras para o banco central.

"Não faz sentido que, o Parlamento, um órgão onde estão os politicos escolhidos pelo povo, estejaa discutir novas regras e um novo esquema para esta nomeação e vir o Governo driblar a democracia e os representantes do povo", argumentou o líder dos centristas, Francisco Rodrigues dos Santos, à margem de uma visita a uma fábrica de moldes de faiança das Caldas da Rainha.

Em declarações aos jornalistas no parlamento, a deputada Cecília Meireles salientou que foi aprovado, na generalidade, um projeto-lei do PAN que determina novas regras e incompatibilidades na nomeação do governador do Banco de Portugal, considerando que faz "todo o sentido que se perceba primeiro a vontade política do parlamento".

"O CDS requereu hoje que esta audição de Mário Centeno, que é imprescindível para a nomeação, seja feita após a conclusão deste processo legislativo", anunciou.

A deputada do CDS defendeu que esse adiamento será também importante para perceber uma eventual mudança de posição de partidos como BE e PSD em relação à votação feita na generalidade.

"Até para a política se dar ao respeito, era fundamental que todos os partidos pusessem as cartas na mesa. Se não vai haver mudança de regras, então acabe-se com o processo legislativo e percebe-se que o parlamento não quer mudar regras nenhumas", salientou.

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