13 ago, 2020 - 17:09 • Paula Caeiro Varela
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A pandemia trocou as voltas a todos e em quase tudo nos vários aspetos da vida. E a política - mesmo para quem diz que não aprecia - faz parte dessa vida.
Não se sabe ainda ao certo como vão ser as próximas campanhas, nem nas regionais dos Açores, nem nas eleições presidenciais, mas já se sabe quase tudo sobre as rentrées políticas dos partidos com tradição firmada nessas lides de fim de verão.
Se é certo que o PCP manteve a festa do Avante, também é garantido que não será exatamente igual às edições anteriores.
Os outros partidos políticos optaram este ano por variações nas tradicionais rentrées políticas; por causa da Covid-19, ou alteraram os eventos, limitando o número de pessoas, ou cancelaram pura e simplesmente essas iniciativas.
Ainda Maio ia a meio e já Rui Rio confirmava no Twitter que o PSD tinha decidido cancelar a tradicional festa do Pontal (que já pouco tem de tradicional e que também nem é no Pontal), por uma questão de "bom senso, e de respeito pela lei e pela saúde de todos os nós".
Rui Rio acrescentava no mesmo tweet que a festa do Chão da Lagoa também tinha sido cancelada, mas essa foi ainda antes, a 16 de abril, por decisão do PSD-Madeira. É a primeira vez que essa festa política, que conta geralmente com a presença do líder nacional do PSD, não vai ter lugar.
O Bloco de Esquerda, questionado pela Renascença, informa que também não vai realizar o Fórum Socialismo, no final de agosto, como é habitual, mas vai fazer o que chama de "rentrées distritais" nas duas primeiras semanas de setembro. Mais pequenas e, por isso, multiplicadas, mas sempre cumprindo as regras de segurança sanitária e nunca para mais de algumas dezenas de pessoas, garante à Renascença fonte do partido. A coordenadora nacional do Bloco, Catarina Martins, vai estar presente em vários desses momentos, por exemplo em Viseu, Braga, Porto e Setúbal.
O Partido Socialista, para já, nada tem agendado, confirmando apenas que vão realizar-se a 12 e 13 de setembro os congressos federativos, que se seguem às eleições internas do partido. Neste caso, a pandemia obrigou os socialistas a adiarem até o congresso nacional previsto para o fim de maio deste ano; deve realizar-se só no próximo ano, ainda sem data definida, mas já depois das eleições presidenciais, que devem realizar-se em janeiro.
O CDS vai ter rentrée nos Açores, para marcar o primeiro combate eleitoral de Francisco Rodrigues dos Santos na liderança do partido. Os centristas garantem que as todas regras sanitárias serão respeitadas, mas não sabem ainda exatamente o formato em que vai ter lugar. Será em setembro, ao que apurou a Renascença, dificilmente no fim de semana de 4, 5 e 6 de setembro, data há muito reservada para a Festa do Avante e nem a pandemia foi capaz de mudar assim tanto tudo o que mudou nas nossas vidas.
O Presidente da República quer que as autoridades (...)