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Festa do Avante. Líder da JP alvo de insultos e ameaças, admite fazer queixa policial

17 ago, 2020 - 16:39 • Lusa

A situação começou depois de “ter defendido a não autorização da Festa do Avante!”, afirma Francisco Mota.

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O presidente da Juventude Popular (JP), organização dos jovens do CDS-PP, diz que tem sido alvo de insultos e ameaças desde que lançou um abaixo-assinado contra a realização da Festa do Avante!, e admite apresentar queixa.

Numa nota enviada à Lusa, o presidente interino da JP, Francisco Mota, refere que tem sido alvo de “ameaças de todo o tipo, insultos baratos e considerações pessoais”, dirigidas a si e à sua família, por parte de pessoas que não conhece, através de “mensagens públicas e privadas” nas redes sociais e chamadas com recurso a número não identificado.

A situação começou depois de “ter defendido a não autorização da Festa do Avante!”, indica.

Questionado se pondera dar conhecimento da situação à polícia, respondeu: “Sim, estou a pensar fazê-lo”.

Na semana passada, a JP lançou um abaixo-assinado no qual solicita ao Governo que "não autorize a Festa do Avante, nos termos e nos moldes em que esta se encontra anunciada".

O documento conta hoje com mais de 4.700 subscritores e estará disponível para ser assinado até duas semanas antes da festa, altura em que Francisco Mota quer entregá-lo ao primeiro-ministro.

“Por mais que a extrema esquerda nos ameace, não vergaremos ao poder instalado e à ditadura de opinião em que vivemos atualmente em Portugal. Por mais que procurem condicionar a nossa liberdade, por mais ameaças que façam, seremos sempre um tampão aos extremismos, de esquerda e de direita”, salienta o líder da JP.


Francisco Mota salienta que “será de uma gravidade sem precedentes se, a coberto de uma manifestação política, for permitido [ao PCP] fazer aquilo que não é admitido a milhares e milhares de portugueses e a centenas de empresários e de artistas”.

“Não vamos desistir de Portugal e daquilo que acreditamos, porque numa hora destas não podem existir portugueses de primeira e portugueses de segunda", garante, desafiando o Governo a saber, "neste difícil momento, agir com total rigor e com toda a isenção e imparcialidade”.

A Festa do Avante!, habitual 'rentrée' política do PCP, decorrerá entre 04 e 06 de setembro, nas quintas da Atalaia e do Cabo da Marinha, na Amora (distrito de Setúbal).

De acordo com o partido, esta festa - cuja realização está envolta em polémica e foi alvo de várias críticas - vai decorrer com cerca de 33 mil pessoas, um terço da capacidade total, será obrigatório o uso de máscara no acesso a espaços e serviços de atendimento, haverá álcool gel distribuído no recinto e existirá um maior número de eventos ao ar livre.

Além das "regras de distanciamento físico nas diversas atividades (incluindo a criação de assistentes de plateia)”, serão também criados "corredores de circulação de sentido único, separação de canais de entrada e saída e maior fluidez de acesso a transportes públicos", assegurou o partido na semana passada, acrescentando que o horário da festa também vai sofrer alterações.

O Governo, por seu turno, salientou que não serão admitidas exceções às regras em vigor, mas indicou que “não tem competências legais ou constitucionais” para proibir iniciativas políticas como a Festa do Avante!.

Comentários
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  • Gonçalo Pires
    19 ago, 2020 Terra 17:25
    O PCP sempre se achou especial de corrida e que tudo lhe é devido. Não bastavam já os terríveis tempos por que passamos, ainda tinham de vir S. Exas. exigir tratamento especial para furar o confinamento geral, e poderem ter a sua festa anual de comes-e-bebes, bailança e esfreganço berlaitada a eito, tarifada a preceito aos milhões. Tinham de vir S. Exas. criar um caso de saúde pública perfeitamente evitável, desviando tempo, dinheiro, pessoal e esforços à DGS, que melhor seriam empregues em casos verdadeiramente urgentes e graves. Ao contrário do que o PCP e o BE dizem, isto não é evento político nenhum, mas sim um festival de comilança, beberranço, berlaitanço e bailanço, destinado a empochar uns largos milhões para o PCP. Ou seja, uma encapotada actividade comercial para lucro próprio, sem qualquer benefício para o público em geral, e, na actual pandemia, geradora de múltiplos surtos de contágio do COVID pelo país e empresas fora, com os prejuízos daí decorrentes para a saúde e economia públicas.

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