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​Militantes do Chega chumbam pena de morte e reelegem André Ventura

05 set, 2020 - 22:48 • Eunice Lourenço com Lusa

Líder diz que o partido entra numa "nova fase" e anuncia o objetivo de passar a ser terceira força partidária do país.

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Os militantes do Chega rejeitam a pena de morte para crimes como o terrorismo ou o abuso de menores. Em referendo realizado este sábado, 56% dos militantes pronunciou-se contra a pena de morte e os restantes 44% a favor.

Os militantes do Chega foram também chamados a votar sobre o sucessor de André Ventura na liderança do partido, sendo que o único candidato ao cargo era o próprio Ventura, que conseguiu arrecadar 99% dos votos.

Os resultados das eleições internas - nas quais votaram 40% dos militantes do universo de cerca de 11 mil que estavam habilitados - foram anunciados na sede do partido, em Lisboa, pelo presidente da Mesa da Convenção, Luís Graça.

No discurso transmitido através do Facebook, Ventura revelou que o seu objetivo é levar o Chega a terceiro partido português nas próximas eleições e chegar ao Governo nas seguintes.

Neste discurso, André Ventura anunciou ainda que vai apresentar dia 21 de setembro a sua proposta de revisão constitucional.

"Quero agradecer a prova de confiança com uma votação tão expressiva como aquela que se verificou. Não é todos os dias que um líder de um partido com assento do Parlamento, com um ano de desgaste parlamentar, com várias lutas internas e externas consegue uma percentagem acima de 99% para a reeleição", disse, aos jornalistas, André Ventura após o anúncio dos resultados.

Para o presidente do Chega agora reeleito, a partir de hoje deve-se "olhar para uma nova fase do partido como um partido unido e um partido que vai conseguir travar batalhas fundamentais para o seu futuro".

"A partir de hoje começa uma nova fase no Chega. Um partido, um líder e um destino. E esse destino é o Governo de Portugal. Nós hoje começamos a fazer esse caminho", disse, reiterando o objetivo eleitoral de ser a terceira força política nas próximas eleições legislativas.

André Ventura demitiu-se da liderança do partido no início de abril, após ser alvo de críticas internas pela sua abstenção na votação pela renovação do estado de emergência decretado devido à pandemia de Covid-19.

Na altura, o deputado único do Chega alegou estar "farto" e "cansado" dos que "sistematicamente boicotam" a direção do partido.

André Ventura foi eleito pela primeira vez presidente do Chega na I Convenção Nacional do partido, em 30 de junho de 2019, no auditório do Instituto Português de Meteorologia e Atmosfera, em Algés, Lisboa.

Comentários
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  • Anónimo
    06 set, 2020 18:21
    O Kim Jong Un também é eleito com 99% dos votos...

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