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Líder do CDS critica Pires de Lima e as "tentativas públicas para destabilizar" o partido

16 set, 2020 - 20:57 • Lusa

O antigo ministro da Economia criticou a atual liderança de Francisco Rodrigues dos Santos.

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O presidente dos centristas criticou esta quarta-feira “tentativas públicas para destabilizar” o partido e defendeu que o CDS não é "de barões", rejeitando as críticas do antigo dirigente e ministro António Pires de Lima.

Questionado pelos jornalistas relativamente às críticas do antigo dirigente, num artigo de opinião no Expresso, Francisco Rodrigues dos Santos insurgiu-se contra as “tentativas públicas para destabilizar” o CDS “a soldo de versões sobre a vida do partido que não têm a mínima adesão à realidade”.

“Este partido é dos militantes e é dos portugueses, não é de barões, e eu creio que esta lição já devia ter sido aprendida há muito tempo através desta nova liderança do CDS”, frisou o presidente centrista, em declarações na sede do partido, em Lisboa.

"O CDS, como eu já disse tantas vezes, é uma locomotiva em andamento, e eu prefiro falar das pessoas que estão dentro desta locomotiva do que daquelas que preferiram ficar na estação”, afirmou Francisco Rodrigues dos Santos, destacando aqueles que se juntaram a este “momento importantíssimo para a clarificação do partido”.

Num artigo de opinião publicado no semanário “Expresso”, o antigo ministro da Economia António Pires de Lima critica a atual liderança do CDS e dá conta de que deixou o Grupo para a Recuperação Económica e Social de Portugal (GRESP), para o qual foi convidado pelo líder do CDS.

Pires de Lima afirma estar “muito preocupado” com o CDS, que considera reduzido “à dimensão de um homem só”, e diz esperar que “o partido acorde e a direção assuma um estilo de liderança mais plural e uma intervenção menos proclamatória e mais substancial”.

“O CDS faz muita falta à democracia portuguesa e não devia acabar assim”, acrescentou.

O GRESP, do qual fazem parte também os antigos dirigentes centristas Luís Nobre Guedes e António Lobo Xavier, entre outras personalidades, foi anunciado em junho e Pires de Lima justifica a sua saída com o facto de o grupo não se ter reunido até agora.

Esta versão é desvalorizada pelo presidente do partido, que afirmou hoje que têm existido reuniões setoriais, desde há dois meses, “em áreas onde o CDS já apresentou propostas”, mas assumiu que “esta é a primeira reunião presencial de todos os elementos do grupo”.
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  • Francisco Sousa
    17 set, 2020 Praia da Vitória 14:15
    O dr. Pires de Lima, com toda a consideração, devia assumir uma posição mais construtiva e participativa. Acho que o motivo apresentado para o abandono do Grupo para a Recuperação Económica e Social de Portugal não passa de um mero pretexto. Aliás, poderá mesmo acontecer que, recorrendo a pretextos e/ou pretextozinhos, venha a deixar o partido. E já agora, dr. Pires de Lima, conhece mais alguma época na história do CDS, para além da do dr. Paulo Portas, em que se tenha verificado tanto o partido reduzido “à dimensão de um homem só” e com uma intervenção também proclamatória?

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