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Plano de Recuperação e Resiliência

Governo lamenta “visão limitada e redutora” da direita sobre Plano 2020/2030

23 set, 2020 - 18:05 • Lusa

Ministro Nelson de Souza acusa PSD, CDS-PP, Chega e Iniciativa Liberal de não reconhecerem que, “com o investimento público previsto, o Estado vai produzir bens e serviços públicos".

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O ministro do Planeamento, Nelson de Souza, lamentou esta quarta-feira a “visão limitada e redutora” dos partidos da direita do hemiciclo, no encerramento do debate parlamentar sobre o Plano de Recuperação e Resiliência (PPR) do Governo minoritário do PS.

“De uma forma ou outra, uns mais vocalizados que outros, quase todos os partidos da direita criticaram a alegada alocação excessiva de fundos ao Estado no PPR. Trata-se de uma apreciação que consideramos de muito limitada e redutora, apenas sustentada na contabilidade do quinhão de financiamento diretamente atribuído às empresas”, afirmou.

O responsável governamental acusou PSD, CDS-PP, Chega e Iniciativa Liberal de não reconhecerem que, “com o investimento público previsto, o Estado vai produzir bens e serviços públicos que irão reduzir custos de contexto para as empresas e oferecer melhores serviços coletivos aos cidadãos, entre os quais estão também os trabalhadores das empresas”.

“Mas também se trata de uma visão redutora porque ignora a procura gerada pelo investimento público na construção e obras públicas, bens de equipamento e de transporte e de serviços de TIC [Tecnologias da Informação e da Comunicação]”, continuou.

O ministro do Planeamento revelou-se ainda aberto a “estudar novos meios, modificando a ‘caixa preta’ que é o sistema de gestão e controlo de fundos”, pretendendo transformá-lo “num sistema de paredes de vidro, que assegure o bom uso dos fundos e promova a eficiência e a celeridade”.

“Finalmente, a obsessão ideológica direita contra o papel do Estado, impede-a de perceber, afinal de contas, o que é evidente: o setor privado não está na atual conjuntura nas melhores circunstâncias para investir e que só o Estado pode desempenhar essa função de imediato na economia em escala mais alargada”, defendeu Nelson de Sousa.

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