11 out, 2020 - 15:31 • Lusa
O Presidente da República defendeu este domingo a necessidade e "ajustar" festas familiares como o Natal e afastou o encerramento de fronteiras, mas avisou que tudo "depende" da maneira como as pessoas "vão civicamente" enfrentar a pandemia.
No Gerês, no Vidoeiro, para assinalar os 50 anos da criação do Parque Nacional Peneda-Gerês, Marcelo Rebelo de Sousa afastou a necessidade de fechar fronteiras quando confrontado com surtos de covid-19 em estudantes de Erasmos.
"Depende muito da maneira como as pessoas vão civicamente viver o que estamos a viver. As pessoas estão a trabalhar, estão a estudar, a desenvolver a sua atividade económica e social num contexto de pandemia. De uma forma cívica o que têm de saber é adotar as precauções compatíveis com a atividade que desenvolvem em situações em que o risco é maior", disse.
Segundo o chefe de Estado, "o risco é maior quando há aglomerações, mesmo que festivas (...), as pessoas podem conceber e concretizar [esses encontros] de uma forma sensata tendo em atenção a situação vivida", dando como exemplo a forma como pensou passar o seu Natal.
"O que eu disse do Natal é muito simples, eu explico o que pensei para o meu Natal. Em vez de ter uma festa na noite de Natal com dezenas de elementos de família num espaço muito limitado, que é o espaço que estava disponível, é possível dividir uma parte que se encontra ao almoço, no dia 24, outra ao jantar no dia 24, outra ao almoço no dia 25 ou ao jantar no dia 25, ainda por cima, num fim de semana dá para prolongar", referiu.
"É possível encontrar formulas, não é deixar de ter as suas cerimónias de culto, as famílias deixarem de se encontrar, é encontrarem-se e celebrarem este ano de uma forma que é uma forma adequada", explanou.
Sobre a possibilidade de fechar fronteiras depois de um surto de covid-19 entre estudantes de Erasmus, Marcelo Rebelo de Sousa afastou esse cenário.
"O problema é o seguinte, está-me a falar em 20 estudantes de Erasmus. Ora, há estruturas universitárias e politécnicos com mais de uma centena de casos e que são essencialmente nacionais. Não podemos dizer que a culpa é, porque há alguns estudantes que vêm em Erasmus, da abertura de fronteiras (...). Temos que ser muito frios, muito racionais na análise da situação", afirmou.