14 out, 2020 - 10:47 • Redação
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A proposta de Orçamento do Estado para 2021 (OE2021) não responde às preocupações essenciais do Bloco de Esquerda (BE), que não fecha a porta à negociação com o Governo, decidiu a comissão política do partido, que esteve reunida na última noite.
“As negociações entre o Bloco de Esquerda e o governo com vista ao OE2021 não foram, infelizmente, bem-sucedidas até hoje. As preocupações essenciais que o Bloco de Esquerda colocou na mesa das negociações, desde o início do processo, não têm resposta na proposta de OE2021 que o governo entregou no Parlamento”, lamenta o BE, em comunicado.
O partido liderado por Catarina Martins considera que o atual momento de crise, provocada pela pandemia de Covid-19, “exige medidas efetivas e de impacto imediato e é incompatível com medidas meramente simbólicas ou anúncios sem real repercussão”.
A Renascença teve acesso à versão preliminar do OE(...)
O Bloco de Esquerda “não fecha portas à negociação e reafirma as suas propostas para travar a vaga de despedimentos, apoiar as vítimas da crise evitando que fiquem em situação de pobreza, reforçar efetivamente o Serviço Nacional de Saúde e impedir nova injeção pública no Novo Banco”.
A comissão política do BE remete a posição do partido sobre a votação da generalidade do OE2021 para a reunião da Mesa Nacional, marcada para 25 de outubro.
A proposta de Orçamento do Estado para 2021 (OE2021), foi entregue na segunda-feira na Assembleia da República, pelo ministro das Finanças.
Na apresentação do documento, João Leão afirmou que “este é um Orçamento para ajudar os portugueses. É um Orçamento bom para Portugal e para os portugueses”.
Fazendo a comparação com os Orçamentos da altura da troika, João Leão garantiu que o documento que apresenta “não tem austeridade, não vem acrescentar crise à crise, assenta na recuperação da economia e no aumento do rendimento dos portugueses”.
“Vamos aproveitar as margens orçamentais, mas temos o dever de não colocar em risco a estabilidade dos portugueses. Não abdicaremos do rigor na gestão orçamental", garantiu, reconhecendo, por outro lado, que "a crise pandémica teve e continua a ter um impacto muito forte e fará que 2020 seja um ano de uma contração da economia mundial sem precedentes".