Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

​Referendo sobre eutanásia divide bancada do PSD

22 out, 2020 - 12:20 • Paula Caeiro Varela

Deputados defendem que direção do partido devia tomar posição a favor do referendo.

A+ / A-

A reunião da bancada do PSD mostrou que não há consenso sobre a decisão da direção de Rui Rio de não tomar posição sobre o referendo à eutanásia. O partido optou por dar liberdade de voto, tal como a Renascença avançou na semana passada, e a discussão , que a direção da bancada marcou para esta quinta-feira de manhã, foi palco para vários deputados contestarem que numa matéria desta natureza, o PSD opte por fica fora da discussão.

Luís Marques, presidente da comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais, foi um dos que defenderam que o partido devia tomar uma posição política a favor do referendo, segundo adiantam à Renascença fontes presentes na reunião.

Lembrando que houve uma moção aprovada em congresso nesse sentido, Pedro Rodrigues, antigo líder da JSD, e uma das vozes mais ativas na defesa de um referendo dentro do PSD, considerou que a direção não está a respeitar um mandato do congresso e que em matérias de natureza estruturante como estas não deve haver liberdade de voto, tal como não há em moções de censura ou de confiança, e que o que passa para a opinião pública é que o PSD tem medo de ouvir os portugueses numa decisão fundamental.

Pedro Rodrigues acrescentou que o PSD fica mais uma vez ao lado do Partido Socialista, que decidiu não ouvir os portugueses.

Também Margarida Balseiro Lopes, ex presidente da JSD, defendeu na reunião que a direção nacional deveria assumir uma posição política a favor do referendo. Emídio Guerreiro, antigo secretário de Estado do Desporto, perguntou - segundo apurou a Renascença - quem tem medo dos portugueses.

A defesa da posição da direção nacional ficou a cargo de vozes como a do secretário-geral, José Silvano, do vice-presidente André Coelho Lima e do vice-presidente da bancada Carlos Peixoto, com o argumento de que esta é uma matéria de consciência, que as moções do congresso não têm caráter vinculativo e que algumas até se contradizem.

Tópicos
Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+