23 out, 2020 - 07:44 • Marta Grosso
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É votada, nesta sexta-feira, no Parlamento, a realização de um referendo de iniciativa popular à legalização da eutanásia. Tudo indica que a proposta avançada pela Federação pela Vida seja chumbada, mas, como se costuma dizer, “até ao lavar dos cestos é vindima”.
A iniciativa popular – que recolheu mais de 95 mil assinaturas – foi debatida na quinta-feira. A discussão demorou pouco mais de uma hora, preenchida por discursos de apelo ao referendo e a que o debate saia das quatro paredes do Parlamento e também de defesa do papel da Assembleia da República em matéria de direitos fundamentais.
Todas as bancadas manifestaram a sua posição e não houve perguntas aos deputados que intervieram.
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Os argumentos pró e contra referendo oscilaram entre a legitimidade (ou falta dela) para os deputados decidirem numa matéria que, por exemplo, não estava no programa eleitoral do partido que ganhou as legislativas, o PS, e a defesa de dar a palavra “ao país e aos portugueses”, bem como as críticas à pergunta proposta: "Concorda que matar outra pessoa a seu pedido ou ajudá-la a suicidar-se deve continuar a ser punível em lei penal em quaisquer circunstâncias?".
Discutida a iniciativa da Federação pela Vida e feito o debate no Parlamento, chegou a altura da votação. Perante o que já foi anunciado pelas diversas bancadas parlamentares, é difícil que os portugueses venham a ser chamados a pronunciar-se sobre a morte assistida.
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[atualizada às 11h42]
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