31 out, 2020 - 15:51 • Susana Madureira Martins , Paula Caeiro Varela
Está "tudo alinhado" entre PSD, CDS e PPM para encontrar uma solução de governo à direita nos Açores. Fonte próxima das negociações garante à Renascença que possível acordo de viabilização "com o Chega está a resolver-se, mas com os deputados" regionais.
É esse contacto com os dois deputados que o Chega elegeu nas eleições legislativas para a Assembleia Regional dos Açores que está neste momento a ser finalizado, mesmo após os avisos do líder deste partido, André Ventura de que "a pressão é muita" para viabilizar "o governo regional laranja", definindo, de resto, uma série de condições para uma aproximação.
Ao que a Renascença sabe é o Partido Social Democrata que está a liderar o processo de negociação, sendo que já este sábado o líder do PSD/Açores, José Manuel Bolieiro deverá ser mandatado para formalizar o acordo com o CDS e o PPM no Conselho Regional do partido.
O calendário para formalizar tudo "ainda não está definido", mas o que é esperado é que "na próxima semana já haja fumo branco" e que a ideia é chegar ao encontro com o representante da República, Pedro Catarino, e "apresentar uma solução sólida", sendo que esse contacto quando existir será já com "tudo alinhado à direita".
A Renascença sabe que este entendimento à direita nos Açores é desejado pelas respectivas lideranças nacionais, quer do PSD de Rui Rio, quer do CDS de Francisco Rodrigues dos Santos, ainda que ambos tenham deixado aos líderes regionais açorianos toda autonomia de actuação desde a noite eleitoral de domingo passado.
Até ao momento não terá havido houve qualquer contacto partidário com o Presidente da República sobre estas diligências à direita para formar governo nos Açores, pelo menos até à última quinta-feira, tal não aconteceu, garantidamente.
Do lado do PS/Açores, apesar da vontade manifestada pelo ex-presidente do governo regional, Carlos César, num entendimento com o CDS, argumentando que essa é uma ligação tradicional nas ilhas, não houve, até agora, qualquer contacto com os centristas, que se mantêm empenhados numa solução de direita.