04 jan, 2021 - 13:18 • Redação, com Lusa
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O CDS e o PAN vão viabilizar a renovação do estado de emergência por, pelo menos, mais oito dias, devido à pandemia de Covid-19.
O CDS vai voltar a abster-se na renovação do estado de emergência devido à pandemia de covid-19, justificando que não aprova medidas restritivas que desconhece, apesar de reconhecer necessidade de um prolongamento.
À saída de uma reunião com o Presidente da República, no Palácio de Belém, em Lisboa, o líder do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, sublinhou a necessidade de um enquadramento jurídico para a aplicação de restrições no âmbito da pandemia, mas recusou “passar cheques em branco”
“O CDS está ao lado do Presidente da República sobre a necessidade de existir estado de emergência”, referiu, sublinhando que “coisa diferente é dizer que estamos disponíveis para secundar, subscrever ou apoiar as medidas que desconhecemos”.
O presidente do partido insistiu numa proposta de recurso ao setor privado e social para suprir os atrasos no Serviço Nacional de Saúde (SNS).
“O CDS reiterou hoje ao senhor Presidente da República a necessidade de aprovar, no Parlamento, a proposta do CDS a que chamamos Via Verde Saúde. Já se percebeu que os hospitais públicos, o SNS, está completamente esgotado e sozinho não vai conseguir responder a esta epidemia”, defende Francisco Rodrigues dos Santos.
O partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN) admite que “é sensato” renovar do estado de emergência “profilático”, por oito dias, para fazer face à epidemia de covid-19.
No final da audição sobre o tema com o Presidente da República, o porta-voz e deputado do PAN André Silva afirmou que face à falta de dados científicos, dos técnicos do Infarmed, não seria sensato “aliviar as medidas”.
André Silva definiu esta decisão, a propor pelo Presidente e que o Governo e o parlamento têm que aprovar, como uma “renovação de estado de emergência profilático” e admitiu que o seu partido a compreende.
“Percebemos que exista um cansaço das pessoas quanto a este confinamento, mas ainda não é o momento para aliviar estas medidas. Combate ao vírus ainda está no início”, disse.
Para os cidadãos, afirmou, é “essencial” que continuem a adotar medidas de prevenção, como o uso de máscaras e o distanciamento” e para o Governo “é fundamental” que “continue a ajudar a economia”.