07 jan, 2021 - 18:20 • Lusa
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O primeiro-ministro recebe na sexta-feira, em São Bento, delegações do PSD, Bloco de Esquerda, PCP, CDS-PP e PS sobre a possibilidade de serem tomadas medidas mais restritivas para combater o aumento de casos de covid-19 em Portugal.
Estas audiências foram anunciadas hoje por António Costa no final do Conselho de Ministros, em que adiantou que haverá também na sexta-feira sobre o mesmo tema uma reunião do Conselho Permanente da Concertação Social.
De acordo com fonte do executivo, no sábado, será a vez de o Governo se reunir com as restantes forças políticas com representação parlamentar: PAN, PEV, Chega e Iniciativa Liberal.
Hoje, em conferência de imprensa, o primeiro-ministro referiu que os números relativos a novos contágios com o novo coronavírus verificados na quarta-feira e hoje rondam os dez mil, "o que indicia um agravamento da situação epidemiológica" no país.
Primeiro-ministro anunciou novas restrições já par(...)
Nesse sentido, de acordo com António Costa, sem prejuízo da reunião que haverá na próxima terça-feira com epidemiologistas, no Infarmed, em Lisboa, será importante preparar já, se tal vier a ser necessário, a adoção de medidas que correspondam a um agravamento da situação", declarou.
Ou seja, de acordo com o líder do executivo, face à situação em que o país se encontra, "pode ser útil" não se esperar sobre os resultados da reunião com os epidemiologistas, avançando-se imediatamente "com novas decisões".
Eventualmente, essas decisões "poderão ser tomadas na imediata sequência daquilo que se verificar ao longo dos próximos dias".
De acordo com a tese apresentada pelo primeiro-ministro, o Governo "fez bem em esperar" pela consolidação em termos de dados sobre a evolução da situação epidemiológica em Portugal, já que ainda há dois dias o número diário de infeções ainda não ultrapassava os cinco mil.
"Fizemos bem em aguardar pelos resultados da sessão do Infarmed, em Lisboa, na próxima terça-feira, para podermos ter uma melhor clarificação sobre qual é a situação real da pandemia", justificou.
No entanto, embora a situação não esteja clarificada sobre a evolução dos novos contágios, "Indicia que há um agravamento e que, provavelmente, terão de ser adotar medidas mais restritivas a partir da próxima semana", acrescentou António Costa.