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Rui Rio aceita confinamento "mais pesado" e admite adiamento das eleições presidenciais

08 jan, 2021 - 17:00 • Redação

Líder do PSD disponível para votar renovação do estado de emergência com novas restrições para conter o avanço da pandemia de Covid-19. Rui Rio admite cenário de confinamento até quatro semanas, semelhante ao de abril.

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O presidente do PSD, Rui Rio, aceita um confinamento "mais pesado" nas próximas semanas e admite o adiamento das eleições presidenciais de 24 de janeiro.

O líder social-democrata falava aos jornalistas, esta sexta-feira, no final de uma audiência com o primeiro-ministro, António Costa.

Para Rui Rio, parece evidente que, se os números diários de mortes e novos casos de Covid-19 continuarem elevados, serão necessárias medidas mais drásticas e eficazes para conter a pandemia.

“Se queremos travar os números, temos de travar os contactos entre as pessoas e, provavelmente, teremos um confinamento muito mais apertado na próxima semana, aquando da declaração do novo estado de emergência.”

O PSD estará disponível para votar esse estado de emergência e para suportar as medidas que defendem a saúde pública, com as atenuantes possíveis tendo em conta o drama económico que representa fechar outra vez fortemente o país por mais duas, três ou quatro semanas”, sublinha Rui Rio.

O líder da oposição considera que o novo confinamento vai ser semelhante ao que aconteceu em abril, no início da pandemia, com mudanças à luz do conhecimento entretanto obtido, para "reduzimos os contactos sociais para achatar a curva e reduzir o R, que está à volta de 1,2".

Em relação à atividade escolar, o Governo disse ao líder do PSD que tem ”suporte técnico” para manter o ensino presencial com o país em confinamento. Rui Rio tem algumas dúvidas, mas aguarda pela explicação será dada na reunião de dia 12, pelos especialistas, na sede do Infarmed.

Rio admite adiar eleições... se os candidatos quiserem

O líder do PSD admite que Portugal pode "fechar" por um período até quatro semanas e, nesse caso, abrangerá as eleições presidenciais de dia 24 de janeiro.

Nesse cenário, Rui Rio mostra disponibilidade para, se os candidatos assim o quiserem, procurar encontrar uma solução que permita adiar as eleições.


“Se tivermos um confinamento pesado nas próximas duas semanas, isto significa que não teremos campanha eleitoral e as eleições sem confinamento. Se confinarmos um mês inteiro, no dia 24 estaremos todos confinados e terá de haver exceção para as pessoas nesse domingo poderem sair [para votar]."

“Se entre os candidatos houver unanimidade, independentemente destas circunstâncias se sentem confortáveis para haver eleições, eu não tenho nada a dizer. Se houver candidatos que entendam que, não podendo fazer campanha eleitoral minimamente e, ainda por cima, até no dia das eleições há confinamento, se levantarem essa questão, o PSD estará disponível para em sede de Assembleia da República procurar encontrar um consenso com vista ao adiamento”, afirma o presidente do PSD.

Rui Rio admite que há "constrangimentos constitucionais pesados" à alteração da data das eleições, mas considera que se houver "consenso e bom-senso" tudo é possível.

Em sentido contrário, o primeiro-ministro, António Costa, disse na quinta-feira não ter dúvidas de que o país tem condições de segurança para realizar as eleições presidenciais no próximo dia 24 de janeiro.

Portugal registou esta sexta-feira um novo máximo de mortes e casos diários de Covid-19: mais 118 mortes e 10.176 infeções pelo novo coronavírus.

Pelo terceiro dia consecutivo, o país contabiliza um número de casos na ordem dos 10 mil, numa altura em que vários hospitais do país estão em situação de pré-rutura.

O número de internamentos também volta a subir e a bater recordes. Há nesta altura 3.451 pessoas internadas, mais 118 do que ontem, das quais 536 em cuidados intensivos (mais 22 do que ontem).

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  • Cidadao
    09 jan, 2021 Lisboa 19:10
    Rui Rio é lider do PSD - até às autárquicas, depois logo se vê - mas não é líder da Oposição. Primeiro, porque não faz Oposição. Depois porque alguém que não apresenta alternativas e segue os ditames e a política do governo, dificilmente pode ser classificado de "Oposição".

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