17 jan, 2021 - 16:54 • Lusa
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O candidato presidencial João Ferreira admitiu este domingo que pode ser necessário requisitar serviços privados de saúde para acorrer a uma situação que classificou como sendo “de emergência”, no contexto da pandemia de Covid-19.
“Todos os meios, mas todos os meios mesmo, devem ser mobilizados para assegurar a resposta que seja necessária, inclusive aqueles que, estando previstos no Orçamento do Estado, ainda carecem de concretização no Serviço Nacional de Saúde, incluindo, se necessário, requisitando, como está previsto na lei, como já se fez, nos últimos meses já por diversas vezes, também serviços privados”, afirmou.
Falando aos jornalistas em frente a uma superfície comercial de Lisboa, o candidato comunista considerou que é “essencial” garantir a resposta a todos e que “não pode ser poupado nenhum meio para acorrer a uma situação que já se percebeu que é de emergência”.
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“O Governo deve cuidar de mobilizar todos os meios e o Orçamento do Estado garante alguns desses meios adicionais, para poderem ser mobilizados desde já, porque era nesta fase inicial do ano que está previsto que eles possam ser mobilizados e, se necessário, recorrer a outros meios, designadamente privados, para garantir que nenhuma resposta fique por dar”, sublinhou.
O candidato apoiado pelo PCP e pelo PEV considerou ainda que deve ser dada resposta a todas as necessidades, “quer as resultantes da pandemia, quer todas as outras”, mas recusou alarmismos.
Segundo João Ferreira, a situação não pode ser vista “hospital a hospital”, devendo existir uma abordagem em “rede”, articulando a resposta aos doentes em função do sistema.
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Após o encontro com trabalhadores de uma superfície comercial em Lisboa, João Ferreira participou numa sessão dedicada ao movimento associativo popular na Associação de Moradores de Santo António dos Cavaleiros, em Loures.
As eleições presidenciais, que se realizam em plena epidemia de Covid-19 em Portugal, estão marcadas para 24 de janeiro e esta é a 10.ª vez que os portugueses são chamados a escolher o Presidente da República em democracia, desde 1976.
A campanha eleitoral termina em 22 de janeiro. Concorrem às eleições sete candidatos, Marisa Matias (apoiada pelo Bloco de Esquerda), Marcelo Rebelo de Sousa (PSD e CDS/PP) Tiago Mayan Gonçalves (Iniciativa Liberal), André Ventura (Chega), Vitorino Silva, mais conhecido por Tino de Rans, João Ferreira (PCP e PEV) e a militante do PS Ana Gomes (PAN e Livre).