24 jan, 2021 - 15:52 • Lusa
A candidata presidencial Ana Gomes saudou a afluência às urnas nas eleições deste domingo, mas lamentou que muitos dos que “quereriam votar” não o pudessem ter feito, em particular os emigrantes.
“Foi bom ter esperado um bocadinho, é sinal de que há uma boa afluência, o voto é um direito, mas é também um dever cívico. É muito significativo que tantos e tantas cidadãs se tenham mobilizado para ir votar”, afirmou Ana Gomes em declarações aos jornalistas, depois de ter aguardado cerca de meia hora na fila para votar na secção n.º 2 da Escola Secundária de Cascais.
A militante do PS lamentou, tal como foi alertando ao longo da campanha, que “muitas pessoas que quereriam votar não poderão” fazê-lo, questionando porque não se encontraram alternativas atempadamente, como o voto eletrónico.
“Uns porque estão doentes, outros em isolamento profilático. Tenho particular pena que muitos dos nossos emigrantes não tenham podido votar e só não votaram porque não se legislou a tempo e horas”, disse.
Portugal elege hoje o 20.º Presidente da República e o sexto em democracia. Para o sufrágio estão inscritos 10.865.010 eleitores, mais 1.208.536 do que nas eleições presidenciais de 2016.
Os sete candidatos aparecem no boletim de voto pela seguinte ordem: Marisa Matias (apoiada pelo Bloco de Esquerda), Marcelo Rebelo de Sousa (PSD e CDS/PP), Tiago Mayan Gonçalves (Iniciativa Liberal), André Ventura (Chega), Vitorino Silva, mais conhecido por Tino de Rans, João Ferreira (PCP e PEV) e a militante do PS Ana Gomes (PAN e Livre).
As assembleias de voto para as eleições presidenciais abriram às 08h00 em Portugal Continental e na Madeira, encerrando às 19h00. Nos Açores abriram e encerram uma hora mais tarde devido à diferença horária.