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Encerramento de fronteiras previsto no novo estado de emergência

26 jan, 2021 - 19:04 • Redação

Notícia foi avançada na sequência da ronda de audiências dos partidos com o Presidente da República com vista à renovação da emergência, pelo menos, por mais duas semanas. O líder do CDS defende o fecho de fronteiras, se todas as outras medidas "se revelarem ineficazes".

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O encerramento de fronteiras vai estar previsto no decreto de renovação do estado de emergência. Caberá ao Governo decidir se vai ou não accionar esse possibilidade para controlar a pandemia de Covid-19.

A informação foi avançada esta terça-feira pela deputada Mariana Silva, dos Verdes, e pelo líder do CDS, Francisco Rodrigues dos Santos, após audiências com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

"O que acontece é que esta é uma possibilidade que estará inscrita no próximo estado de emergência, que dará a hipótese ao Governo, caso assim entenda, accionar esta medida do encerramento das fronteiras para conter o avanço galopante da pandemia", afirmou Francisco Rodrigues dos Santos.

O líder do CDS defende a medida, "se todas as outras se revelarem ineficazes", com o argumento de que estamos na pior fase da pandemia, com novas variantes do coronavírus com maior taxa de transmissibilidade.

"A circulação de pessoas ajuda a propagar a doença e a manter a situação fora de controlo", sublinha.


O novo estado de emergência deverá entrar em vigor no próximo fim de semana.

Em declarações aos jornalistas antes de ouvir os partidos, o Presidente da República afirmou que, se houver autorização do parlamento, o estado de emergência deverá ser renovado nos mesmos termos do decreto presidencial em vigor e com o mesmo conjunto geral de medidas do Governo.

Questionado se os estabelecimentos de ensino vão continuar encerrados, Marcelo Rebelo de Sousa considerou que "será preciso algum tempo" para "retirar ilações dos efeitos" dessa e de outras medidas, realçando que a "decisão em relação às escolas foi tomada no fim da semana anterior, publicado o diploma na sexta-feira de manhã e entrou em vigor na própria sexta-feira".

À margem de uma visita ao Hospital Militar de Lisboa, o Presidente reeleito considera que não há, neste momento, razão que determine um recurso à ajuda internacional para o acolhimento de doentes covid-19, embora exista essa disponibilidade por parte da União Europeia.

O boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS) aponta para mais 291 mortos e 10.765 novos casos nas últimas 24 horas. É um novo máximo diário de vítimas mortais.

O número de internamentos em enfermaria geral aumentou, mas menos do que nos últimos dias. De ontem para hoje, há mais 52 internados, num total de 6.472, dos quais 765 em Cuidados Intensivos (menos dois do que ontem).

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