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Ana Rita Bessa ao lado de Adolfo Mesquita Nunes numa corrida à liderança do CDS

28 jan, 2021 - 22:20 • Lusa

A deputada defende que deve haver discussão nos órgãos próprios sobre a situação do partido, declarando apoiar Mesquita Nunes se o ex-vice-presidente avançar com uma candidatura à liderança.

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A deputada do CDS Ana Rita Bessa pede que seja aberto um período de discussão, nos órgãos próprios, sobre a situação do partido, declarando apoiar Mesquita Nunes se este avançar com uma candidatura à sucessão de Francisco Rodrigues dos Santos.

A deputada considerou que o partido está a atravessar "um momento de crise", evidenciando uma "incapacidade de criar atração no discurso", uma situação que se agravou, disse, com as demissões anunciadas hoje de três membros da direção – o vice-presidente Filipe Lobo d' Ávila e os vogais da comissão executiva Raul Almeida e Isabel Menéres Campos, os três do grupo Juntos pelo Futuro.

Para Ana Rita Bessa, o facto de "uma parte relevante da direção ter saído" contribuiu para agravar a situação.

Em declarações à Lusa, a deputada defendeu também que "é bom haver protagonistas que querem discutir" o futuro do CDS-PP e que se "levantam a pedir que se abra essa discussão nos órgãos próprios do partido, para o partido dizer se quer que se crie um novo ciclo".

"Se esse novo ciclo passar pelo Adolfo Mesquita Nunes, não terei dúvidas em acompanhá-lo", afirmou Ana Rita Bessa.

Na quarta-feira, num artigo de opinião publicado no jornal online Observador, o antigo vice-presidente do CDS-PP Adolfo Mesquita Nunes propôs a realização de um Conselho Nacional para convocar eleições antecipadas para a liderança, defendendo que esta direção "não conseguirá" resolver "a crise de sobrevivência" do partido, mas não adiantou se será candidato a suceder a Francisco Rodrigues dos Santos, eleito há precisamente um ano.

Em resposta, o presidente do CDS-PP defendeu que "mal seria" se "navegasse ao sabor de um artigo de opinião", e lamentou "o dano" que esta discussão provoca ao partido, mas referiu que o assunto seria discutido nos órgãos do partido.

Alguns dirigentes próximos de Adolfo Mesquita Nunes, ex-secretário de Estado e ex-vice-presidente na liderança de Assunção Cristas, disseram à Lusa que aguardam pela reunião da comissão política nacional de hoje para perceberem se a direção tomará a iniciativa de convocar um Conselho Nacional que possibilite a marcação de um congresso antecipado, ou se irão avançar com uma proposta nesse sentido.

Ainda assim, não veem dificuldade em conseguir recolher as cerca de 40 assinaturas necessárias, o equivalente a um quinto dos conselheiros, e referem que "do lado das pessoas que querem o congresso" já decorrem contactos "pelo país".

De acordo com os estatutos do partido, o Conselho Nacional do CDS-PP pode reunir-se extraordinariamente "sempre que o seu presidente o convocar, por sua iniciativa ou a requerimento de um quinto dos seus membros, da comissão política nacional ou da comissão executiva".

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  • Ivo Pestana
    29 jan, 2021 Funchal 15:12
    Não acho boa ideia. O Adolfo Mesquita, não é tão popular como o Nuno Melo. Embora seja competente. O grande problema do CDS, é o Chega. Este tem sido mais agressivo que o CDS.

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