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Ventura quer que a PGR repudie o pedido de Ana Gomes para ilegalizar o Chega

04 fev, 2021 - 19:56 • Lusa

O líder do CHEGA disse que o pedido da socialista “mostra que Ana Gomes saiu do MRPP mas o MRPP nunca saiu da Ana Gomes”.

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O líder do Chega, André Ventura, manifestou esta quinta-feira esperança de que a Procuradora-Geral da República, Lucília Gago, repudie "o quanto antes" o pedido da ex-candidata presidencial Ana Gomes sobre a legalização do partido.

"Não deixa de me surpreender que alguma candidata dita democrática e militante de um partido democrático [PS] tenha como objetivo ilegalizar um partido. Só mostra que a doutora Ana Gomes saiu do MRPP mas o MRPP nunca saiu da doutora Ana Gomes", considerou Ventura, falando aos jornalistas em Ponta Delgada, à margem de uma reunião com dirigentes açorianos do Chega.

E concretizou: "O que nós esperamos é que a senhora Procuradora-Geral da República possa o quanto antes repudiar esta ação da doutora Ana Gomes".

A ex-candidata presidencial Ana Gomes pediu à Procuradoria-Geral da República (PGR) para que reaprecie a legalização do Chega como força política, alegando que este partido viola a Constituição da República, e investigue a origem do seu financiamento.

Esta iniciativa da ex-eurodeputada socialista para a reapreciação da legalização do Chega como partido no quadro do regime político português foi avançada na edição de hoje do Diário de Notícias (DN).

Na mesma notícia, o DN adianta que a ex-eurodeputada socialista enviou a sua participação "à presidente da Comissão Europeia, ao presidente do Parlamento Europeu, ao diretor da Agência dos Direitos Fundamentais da União Europeia, ao secretário-geral do Conselho da Europa, ao secretário-geral da ONU e aos diretores da Europol e do Eurojust".

"Isto é uma ofensa a milhares de militantes do Chega", disse Ventura, reiterando que diversas sondagens dão a força política como a terceira maior de Portugal atualmente.

Nas eleições presidenciais de 24 de janeiro passado, a socialista Ana Gomes, apoiada pelo PAN e pelo Livre, ficou em segundo lugar com 12,9%, correspondentes a 541.555 votos, num ato eleitoral em que o atual Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, venceu logo à primeira volta com 60,7% dos votos.

Ana Gomes, que nas presidenciais ficou à frente o líder do Chega, André Ventura, com mais um ponto percentual, fundamenta a sua pretensão junto do PGR elencando "mais de 40 pontos com citações e publicações de vários media".

"O Tribunal Constitucional [TC] e o Ministério Público [MP] não podem continuar a eximir-se à responsabilidade que lhe está cometida", frisa a diplomata, solicitando à PGR que "instrua o MP a desencadear um processo de reapreciação da legalidade do Partido Chega pelo TC e de consideração da eventual extinção judicial desse partido".

Ana Gomes pede que se investigue a origem do financiamento do partido Chega e dos seus líderes, "as agressões, ameaças e incitamentos à violência que o referido partido, por parte de seus dirigentes e diversos militantes, vem desencadeando contra jornalistas e ativistas políticos".

A ex-candidata presidencial salienta depois que "cabe ao MP requerer a extinção de partidos políticos qualificados como partido armado ou de tipo militar, militarizado ou paramilitar, ou como organização racista ou que perfilha a ideologia fascista".

Comentários
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  • Cidadao
    04 fev, 2021 Lisboa 20:36
    Mais uns milhares de votos para o Chega!, mais um tiro nos pés, dado por alguém do Establishment ... Não aprendem mesmo!
  • João Lopes
    04 fev, 2021 Viseu 20:21
    Ficou humilhada com os resultados eleitorais, quase ia ficando atrás do Chega, uma vergonha! Mas, força "camarada", já que teve um resultado "baixito e vergonhoso" nas eleições para Presidente da República...agora quere vingar-se. Peça também para serem ilegalizados todos os partidos marxistas: PS, PCP, BE... que se julgam "donos e senhores" de Portugal e o têm quase "destruído"...!

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