11 fev, 2021 - 16:30 • Lusa
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A ministra da Saúde disse hoje que o Governo “sempre usou medidas proporcionais” para combater a pandemia de covid-19 e garantiu que nunca foram manipulados dados, tendo sido “totalmente sério quanto às dificuldades e incertezas”.
“O Governo sempre usou as medidas proporcionais face àquilo que eram as necessidades de combate à pandemia. Não temos qualquer obstinação ou qualquer intenção de manipular dados, temos intenção de falar claro e de ser totalmente sérios quanto às dificuldades e incertezas que temos em cada momento”, afirmou Marta Temido no parlamento no final do debate sobre o relatório referente ao estado de emergência de 8 a 15 de janeiro.
Num debate marcado por fortes críticas dos partidos da oposição, nomeadamente do PSD, sobre o plano de vacinação contra a covid-19, economia e escolas, a ministra da Saúde sublinhou que o executivo antecipou “cenários cobertos de incerteza”.
“Não sabemos que mais variantes teremos de enfrentar”, alertou a ministra, lembrando o reforço dos profissionais de saúde, instalações e equipamentos.
Sobre o plano de vacinação em curso, Marta Temido afirmou que “não está ao nível da linguagem que tem sido utilizada para o caracterizar", frisando que a melhor forma de respeitar a saúde mental dos portugueses é "falando com verdade e honestidade” e “não ceder a populismos, à demagogia e linguagem ofensiva”.
Sobre o plano de vacinação em curso, Marta Temido afirmou que “não está ao nível da linguagem que tem sido utilizada para o caracterizar", frisando que a melhor forma de respeitar a saúde mental dos portugueses é "falando com verdade e honestidade” e “não ceder a populismos, à demagogia e linguagem ofensiva”.
A ministra disse ainda que 436 mil portugueses foram vacinados contra a covid-19 até quarta-feira.
Durante o debate, o deputado do PSD Carlos Peixoto criticou a estratégia do Governo no plano de vacinação e frisou que “se estatelou ao comprido” nas últimas semanas.
“Do melhor país do mundo, com o melhor Governo, passámos a piores do mundo. Espero que não digam que é devido ao povo”, disse, acusando o Governo de ter entregado a coordenação do plano de vacinação “a um profissional do PS” que se revelou “um amador” para a função.
Carlos Peixoto sustentou também que o primeiro-ministro "perdeu a capacidade” de gerir a situação, como foi o caso de manter em funções os ministros da Administração Interna e da Justiça, que “deixaram o país ao nível da sarjeta em termos de reputação”.
O deputado social-democrata disse que o Governo está “em declínio e doente” e apelou para que os ministros e o primeiro-ministro sejam vacinados contra a covid-19, mas que António Costa seja também vacinado “contra a desorientação no Governo”.
O deputado do Chega André Ventura criticou o Governo por ter ignorado inicialmente o problema da covid-19 nas escolas, enquanto a deputada dos Verdes Mariana Silva questionou o executivo sobre o apoio que está a ser dado aos idosos que vivem nas suas casas.
A deputada do PAN Inês Sousa Real deu conta da “obstinação do Governo em manipular os dados”, ideia partilhada pelo CDS-PP com o deputado João Gonçalves Pereira a sublinhar que os relatórios sobre os diferentes períodos de estado de emergência “raramente são distintos uns dos outros” e “continuam em falta muitos elementos”.
Pelo PCP, o deputado António Filipe admitiu que há certos setores que é necessário estarem encerrados devido à pandemia, mas considerou que devem existir "medidas compensatórias" para essas atividades.
O deputado do Bloco de Esquerda Moisés Ferreira sustentou que se trata de “uma terceira vaga duríssima e um confinamento muito pesado" e que a "crise social está instalada na casa de muitas famílias".
“A falta de medidas deste governo só tem vindo a agravar a crise e a desigualdade social neste país", frisou.
O ministro da Administração Interna abriu o debate no parlamento sobre a discussão do relatório que compreendeu o período mais curto de um estado de emergência, referente à semana que antecedeu o segundo confinamento no país, lembrando que este relatório é referente ao período em que se verificou um crescimento acelerado de casos de covid-19.