16 fev, 2021 - 15:33 • Redação
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O PSD considera que o plano de Portugal para aplicar as verbas da chamada “bazuca europeia” está demasiado virado para o investimento público.
“É um programa demasiado centrado no investimento público e no setor público. É um plano que procura não transformar a competitividade da economia portuguesa, mas sim, pelo contrário, fazer aquilo que o Estado não fez nos últimos anos”, diz à Renascença Joaquim Miranda Sarmento, presidente do conselho estratégico nacional do PSD.
O economista considera que o programa do Governo não aposta nas empresas nem na inovação e serve para tentar “tapar” a falta de investimento público nos últimos anos.
“Infelizmente, ao contrário do programa que o PSD apresentou, este programa é demasiado estatista. É um programa que não aposta nas empresas, na inovação, no conhecimento como os principais motores do crescimento económico. Infelizmente, é um programa para tapar aquilo que não foi feito: o baixo investimento público dos últimos anos.”
O presidente do conselho estratégico nacional do PSD levanta também dúvidas em relação ao controlo do plano de resiliência, nomeadamente ao nível da aplicação dos fundos europeus.
“É preciso ter em consideração que, nos próximos três a quatro anos, Portugal vai ter três programas em execução: o final do Portugal 2020, este programa de resiliência e vai ter o início do próximo quatro comunitário de apoio Portugal 2020-2027”, afirma Joaquim Miranda Sarmento.
O economista sublinha que nos próximos anos o país vai ter acesso a um montante de fundos europeus de “dimensão como nunca houve em Portugal” e, “infelizmente, a administração pública portuguesa e os meios de controlo e governança destes mecanismos estão muito fragilizados”.